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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Formosa do Oeste CORDEL

   COISAS DO PASSADO      
Vou te contar!                         Cabe agora,sem demora.          
Vou traçar,minha história,      Dessa vez, vou detalhar.       

 Pro papel, poder registrar,       
Meu passado vou citar.
O que vivi, vou descrever,
Como foi o meu viver.                

O melhor dessa história,
É que fica, na memória.
Foi lá no sertão,
Quando então.

Posso descrever: de coração,
Era um lugar lindo de morar.
Tinha igreja,comércio e então!
Era Eu criança,vivi nesse sertão.

Estou descrevendo:"Formosa",
Era pacata, era vistosa.
Cidade! Minha admiração,
Eu descrevo: É de coração.

A quermesse acontecia,
Lá na igreja o festejo quem podia.
Santo Antonio, o padroeiro,
Todo povo, tempo festeiro.

Na época: sem energia,
Um motor a cidade abastecia.
Todo mundo, tinha rigalia,
A pobreza lá não existia.

Era lamparina,vela ou pavio,
Quando o motor pifava,
Pois a energia lá faltava,
Mas ninguém resmungava;

Era assim: esse povo resistiu,
Mudaram, se foram prá longe.
Quem sabe! que destino tomou,
Que horizonte a vida ordenou.

Muitos findaram o dia no chão,
Nas ruas: dormiam,até sem colchão.
Em frente, à casa Eu brincava,
Tinha arapuca, estilingue e alçapão.
    De vez em quando um joão bobo,
    Eu pegava...
    Na palma da mão, e tão logo,
    Eu soltava...

Pra trabalhar pegava carona,
Não importava! Se debaixo da lona.
Lembro-me daquela velha estrada,
Meu trabalho, minha velha jornada.

Era uma escola, a velha enxada,
Na época: não chovia,uma poeira danada.
Quando chovia: vinha a  enxurrada,
Minha vestes pro trabalho todo molhado.

A vida até era engraçada,
Apesar de toda cavalgada.
Carregava água no galão,
Era triste, esse sertão.

Vendia frutas, era engraxate,
Dava duro, não tinha patrão.
Sempre pobre, mas rico de coração,
Descalço, vivi nesse sertão.

A cidade, hoje crescida,
Não é mais sertão.
Formosa, hoje conhecida,
No oeste, desse  rincão.

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