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terça-feira, 29 de setembro de 2015

LITERATURA DE CORDEL DO SÉCULO XXI FERES CURY





  LITERATURA de Cordel         do século: XXI.

   ESSAS PÁGINAS SÃO PRÁ VOCÊS CURTIREM O CORDEL DO SÉCULO XXI.

Autor: Feres Cury           Maringá - Paraná.

UniJore.União dos Escritores e Jornalistas de Mgá.

Espie nesse Cordel


1.....Introdução;
2.....Literatura de Cordel;
3.....Do Cordel ao Coronel;
4.....Cordel sem papel;
5.....Menino saiu;
6.....Verdades de Cordel;
7.....Cordel Curitiba As Proeza do Meu Paraná;
8.....Bota pra fora;
9.....Cordel Lá em Casa;
10...Cordel dos Seres Humanos;
11...Cordel Nesse Lugar;
12...As abelhas,as formigas e o tamanduá  Cordel Infantil;
13...Boiada do Paraná.

Qual é o signíficado?

CORDEL: Origem portugal;

Cordel são folhetos nada mais, hoje é a "tela" contendo poemas populares, expostos, pendurados em cordas ou cordeis, o que deu a origem ao nome CORDEL. Os poemas de cordel são escritos em forma de RIMA e alguns são até mesmo ILUSTRATIVOS.

LITERATURA: É a palavra com origem no termo, e em latim, que significa LETRA.A literatura remete para um CONJUNTO DE HABILIDADES de ler e escrever de forma CORRETA. muitas são as definições.


Literatura de Cordel 

 

Você já ouviu falar,

  Da literatura de Cordel!

  Ela não tem portas,

  Nem tampouco janelas.

 

 A literatura de Cordel,

 Não tem asas,

 Não tem portas.                          

 A literatura tampouco,

Não leva pro inferno,
Nem pros céus.                 
Eu tentei desenhar,
Tentei argumentar.

Um pouco escrever,
Pro povo compreender.
Entre portas e janelas,
Percebi diante delas.

Uma bendita! Uma tramela,
Algo estranho, talvez.
Encontrei uma cinderela,
Toda linda! Veja Ela.

Lá vai Ela toda bela,
Sem cravo, sem canela.
Agora que estamos aqui.
Ouça cá meu irmão.

Algo simples, eu ouvi,
Cinderela, Eu parti.
O meu barco  vou remando,
Algo simples, vou  narrando,
O meu barco  vou remando,
Cinderela no comando.
Ela e Eu, vou  levando,
Sou do século passado.

Sou um bocado apavorado,
Estudei, loucamente, E hoje!
Conclui meu doutorado,
Mas, não sou jovem do pecado.

Nem tampouco  advogado,
Não  vivo, de braços cruzados.
Não tenho ouro nem prata,
Nem tampouco pratos dourados.

Sei que vivo doutro lado,
Em um lugar, antes abandonado.
Eu vivo, mas não sei, tantos outros,
Quantos outros Eu perdoei.

Longa vida, Eu desfrutei,
Quantas jornadas.
 Jornadas essas,
Jornadas de outrora, eu conquistei.

Tão nobre meu Paraná!
Eu caminhei.
Jornadas longas,
Eu já não sei.

Nesses versos,
Junto estarei.
Com essas prosas,
Que contarei;

Dum amor, que outrora,
Digo cá, encontrei.
Se  é justo, eu não sei,
Eu, tento ainda escrever.

Longos versos, como não sei,
Aonde vou com tantas prosas.
Só ao tempo, eu direi,
Eu já tentei desenhar.

Algo mais até argumentar,
Um relato no escrever.
Pro meu povo compreender,
Este é o meu Paraná.

Na literatura de cordel.
Um enorme estado,
Pro leitor poder fortalecer.
Desse sagrado Brasil,
Verdes tanto aqui  encontrarás.

Vou agora me expressar,
Do norte velho desse Paraná.
Por Londrina, outrora Maringá,
Cidades lindas desse nosso Paraná.

Se  falar da lavoura, entre tantos,
O soja, o trigo, o milho vamos lá!
O forte lavrador do meu Paraná!
Terra roxa ei avante meu Paraná.



DO CORDEL ao CORONEL
O cordel evoluiu,
Do papel até sumiu.
A nova literatura,
Não mais no papel.
A informatização tomou conta,
Hoje ela é que defronta.

É a nova temática,
Tudo diante da informática.
O analfabeto, hoje é mais,
Quem não informatizar.
Analfabeto dessa geração,
Impune, da modernização.

Aqui a sua disposição,
A nova literatura de cordel.
Não mais escrita a mão,
Impune, no seu celular o cordel.
A literatura dessa gestão,
No celular dista valorização.

Não mais relata no papel,
A nova literatura de cordel.
Não sou general,
Tampouco coronel.
Escrevi o rascunho,
Num simples papel.

Naveguei aqui o meu cordel,
Pra ser visto pro jovem,
E também pro coronel.
É a literatura de cordel.







     CORDEL SEM PAPEL



A literatura de cordel,
Não mais escrita em papel.
É a prosa singular,
É a história comentada.
Da vida pro papel,

Só imprimida.
Comprimida,
Divertida.
Em prosa, em rimas,
A forma deve contar.
A realidade de um povo,
Em versos vamos historiar.

Da culpa, nasceu o perdão,
Da canção nasceu o vilão.
Aqui eis a escritura,
Dessa nova literatura.
A literatura de cordel,
Que expressa nossa vida.
A tradição nela inibida,
Segue sem rumo, é a vida.





                 MENINO SAIU...


Menino  saiu, pra rua se foi,
Menino se foi, coragem encontrou.
Menino encontrou, a bola pegou,
Menino a bola pegou e jogou.
Menino, jogou e um gol marcou,
Menino, o gol marcou, o time vibrou.

Menino, o time vibrou, e se contentou,
Menino, se contentou  a bola no gol.
Menino saiu,  pra rua se foi,
Menino que ia estudar.
Menino, pois a falar,
Menino, a falar dessa proeza.

Menino, põe  a reclamar,
Menino, a reclamar desse linguajar.
Menino, a vida a batalhar,
Menino, vai   melhorar.
Num sorriso eloquente,
Menino, és  valente.

Menino, diariamente,
Menino, és  inteligente.
Menino, ele cresceu,
Menino, ele venceu.
Menino, ele simplesmente,
Menino,  amadureceu.



               VERDADES DE CORDEL

A literatura de cordel,
É a poesia popular.
É a história contada,
Em versos, prosas.

A literatura de cordel,
A antiga era no papel.
Em estrofes  rimar,
Feitas pra ler e entender.

A literatura de cordel,
Não mais escrita no papel.
Continua em estrofes e a rimar,
Sentido da informática.

A literatura de cordel,
Na tela do computador.
É vista pelo leitor,
Tamanho, é   do visor,

A literatura de cordel,
Na tela do celular.
É lida, é inovador.
Ao contento do leitor.

Os folhetos de cordel,
Hoje não mais.
Vendidos em feiras,
Nem pendurados num cordel.

Se falarmos do passado,
Da literatura de cordel.
Do amor ou do papel,
Atualizamos o nosso cordel.

Da razão, ao social,
Da literatura de cordel.
Do passado, ao futuro,
Novos traços ao cordel.

Sobre a questão social,
Orientar ao cidadão.
Do cordel é reflexão,
E também educação.

Se tratarmos de outros temas,
Da luta contra o bem ou o mal.
A linguagem do cordel,
Encontraremos lá nos céus,

O cordel é uma expressão,
Da autêntica poesia ou canção.
Do povo de uma região,
O seu linguajar em expressão.







            CORDEL    CURITIBA
AS PROEZAS DO MEU PARANÁ

Da capital do meu Paraná,
Nesse cordel, quero lembrar.
Que o povo desse lugar,
Tem um diferente linguajar.
Olha só esse linguajar,
Pro leite vou explicar.

Seu modo o povo falar,
Leite quente, pra gente.
Leite quente faz bem pra gente,
Essa  proeza ouvi alguém falar.
O  feijão o sustento dessa gente,
O feijão preto eis o paladar.

Outro feijão pouco por lá,
Desse povo posso acrescentar.
Outrora, “o carioca” por lá difícil
De se encontrar.






                BOTA PRA FORA


Bota pra fora, a bota e a espora,
Bota pra fora, o cheiro forte da aurora.
Bota pra fora, o calor de outrora,
Bota pra fora, sou Juiz de Fora.
Bota pra fora, senão, vou-me embora,
Bota pra fora, o lixo, e sem demora.

Bota pra fora, eis, o raiar da aurora,
Bota pra fora, essa sua melancolia.
Bota pra fora, eis a tarde, quanta demora,
Bota pra fora, eis então, vou-me embora.
Bora pra fora, já é tarde, não demora,
Bora pra fora, meu adeus, fui simbora.



                       CORDEL
                 LÁ EM CASA

Em cada canto, um encanto,
Entretanto lá em casa, muitos cantos.
O canto do sabiá é um encanto,
Existe  lá em casa outros tantos cantos.
O canto que existe lá em casa,
Não são só os cantos do sabiá.

Quantos cantos, quantos encantos,
Por ordem na bagunça, lá em casa.
O desespero, o cansaço lá chegou,
A diarista, por conseguinte registrou.
Eram muitos os cantos e o encantos,
Os problemas, esquenta!  Ninguém aguenta.

Lá em casa é assim,
Volta e meia, a casa esta cheia.
A esposa é quem ordena,
Ninguém, porém a condena.

Lá em casa, é assim,
Volta e meia, tudo esperneia.
Parece mesmo não ter fim,
Coitado! Ai de mim...



                CORDEL          
    DOS SERES HUMANOS

Das faces do ser humano,
Do cordel ora digitalizado.
Com rima, métrica, oração.
Ora canto, declamação e mesmo emoção.
Das faces do ser humano, 
Da era primordial, a atual.


Assim a temática do cordel,
A sua literatura faz com que os povos.
Muitos choram, ela faz rir,
emocionar e até mesmo calar.    
Mostra histórias, vidas de um povo,
O real cordel é a nossa literatura.

Rogamos a crença autêntica hoje virtual,
É a nova linguagem, do século o atual.
Da linguagem de um povo simples,
Atuando com um povo fraternal.



                   CORDEL
            NESSE LUGAR

Nesse lugar tem gente do bem!
Nesse lugar tem gente, porém.
Tem gente! Que  vai e vem!
Tem gente! Que vem e vai!
Nesse lugar chamado Paraná.
Tem comida por todos “lugar”.

Por todos “lugar” que o homem procurar,
Tem comércio pro povo poder gastar.
Nesse lugar chamado Paraná,
Muito se planta, em terras do Paraná.
Importante, o cultivo desse lugar,
O que se planta, nasce nesse meu Paraná.

Nesse lugar, chamado Paraná,
Enaltece,  o povo desse lugar.
Nesse lugar vivo pro bem!
Nesse lugar Eu e meu Bem.
Nesse lugar vivo a morar,
Nesse lugar  pude encontrar.

Nesse lugar sempre quis morar,
Nesse lugar sempre a cantar.
Nesse lugar, melhor não há,
Nesse lugar, quisera!
Ela  pude encontrar.
Nesse lugar, outrora  a enamorar,
Nesse lugar, ainda pude casar.

Nesse lugar, pude construir,
Nesse lugar, meu  barraco vou usufruir.
Nesse lugar, outro melhor não há,
Nesse lugar, hei de te amar.
Nesse lugar vou ficar,
Nesse lugar, pretendo eternizar.

Nesse lugar, vou conquistar,
Nesse lugar, vou alojar.


Nesse lugar, nesse lugar,
Nesse lugar, vivo a morar;
Nesse lugar, Eu e Você,
Nesse lugar passei a viver.
Nesse  lugar conheci você,
Nesse lugar amei você.

Nesse lugar, inda casei com você,
Nesse lugar, eu vivo feliz com você.
                                         
Nesse lugar, meus filhos eu e você.
Nesse lugar, sempre nesse lugar...




 As Abelhas, as formigas e o  tamanduá.
                    Cordel  infantil 

Vou contar uma estória,
Muita atenção, na descrição.
No tamanduá, nas formigas e nas abelhas.
Quanto trabalho, quanta alegria,
Zum! Zum! Zum ! o das abelhas,
O que falar das formiguinhas.

E no fim houve  uma destreza,
O tamanduá, virou a mesa.
Vejam lá o que restou,
As formiguinhas ele devorou.
Vou citar as abelhinhas,
Bateram asas ,nada restou.

Dito e feito, foi um golpe perfeito,
Do tamanduá, era de se  esperar.
Coitadas das formigas,
Nunca iam  imaginar.
Que o belo do tamanduá,
Um golpe estava a preparar.

Era essa a estória,
Que eu tinha pra contar.
Do terrível tamanduá,
Que numa bocada  tamanha.
Veio  pra floresta,  enfernizar,
Engoliu  todas  as formigas.

Que  estavam  sorridentes a trabalhar,
O tamanduá,Um golpe estava a preparar.
Era essa a estória,
Que eu tinha pra contar.
Do terrível tamanduá,
Que numa bocada  tamanha.


Veio  pro formigueiro, enfernizar,
Assim, engoliu  todas  as formigas.
Que  estavam  sorridentes a trabalhar,
Se alguém me perguntar!
Do por que das abelhas nesse cordel,
Elas vieram pra enfeitar,e valorizar.

Nos arranjos  desse  belo  cordel,
E esta estória poder rimar!
  


           BOIADA DO PARANÁ

  Tem cada coisa,
  Pra te contar.
  Tem aqui a boiada,
  Desse velho, meu Paraná.
Eram velhas as estradas,
Todas emburacadas.

Lá ia Eu e a boiada,
Nesse rincão, meu Paraná.
Com o berrante,
  E o sol ardente.
  Sempre sorridente,
  No sertão do Paraná.

O dia surgindo,
O boi mugindo.
A água faltava,
O chicote cortava;
Se dizer que era sertão,
Ninguém por perto.

Sem música, sem violão,
No meio desse rincão.
Nesse meu Paraná,
Precisava, a estrada enfrenta.
O berrante! vivia a tocar,
Pra boiada  poder levar.

No meio da invernada,
Lá estava. Eu e a boiada.
Enfrentando, longa jornada,
A terra, era toda emburacada.
Hoje, o asfalto, tomou conta,
Boiadeiro, você não encontra.
Nem tampouco estrada deserta,
Nesse rincão, meu Paraná!


                                                   valorização do cordel do século XXI