Edição Brasileira
Ano: 2016- 2017
Autor: Feres Cury
CORDÉIS
Rio São Francisco
Desde menino,
Queria um
companheiro.
Não viver no abismo,
Queria ter liberdade.
Com minhas águas...
Percorrer todo o
sertão;
Mas, fui degolado.
Hoje! Sou o que
sobrou,
Desse sertão
nordestino.
Não sou mais menino,
Sou um velho, o chico guerreiro,
Vivo no deserto
brasileiro,
Continuo....
Apesar de
Hospitaleiro.
Meus
peixes, meus pássaros.
Despertaram....
Nos
calvares.
Hoje
sou imortal
São
Francisco,
O
imortal;
Sou
assim...
Rio
popular.
O velho
Chico.
Do
velho e conhecido,
Agrestes ...
Essa é a nova literatura.
A literatura
narrativa,
Do Nordeste
Brasileiro.
O grande Rio.
O Rio do velho cangaceiro,
O do Moisés: O Lupion.
Apelidado:
O Lampião.
O Rio velho Chico.
O grande nobre e hospitaleiro,
Foi grande guerreiro.
Ao meu amado,
Das águas sei não das
do Tucuruí.
Quem sabe! Do velho
Amazonas,
Das lindas vitórias
Régias.
Ao meu amado,
Do velho rio.
O Rio São Francisco,
Rio idolatrado.
O do passado,
Destemido: O do
presente.
Sofrido: O do futuro.
Do velho Chico,
Do velho Rio.
O São Francisco,
Do Nordeste
Brasileiro.
O que era um soldado,
Soldado não
escravizado.
Tampouco terceirizado,
Glorioso São
Francisco.
O velho Rio,
O rio dos
apaixonados.
O velho Rio, O grande
Tenente,
O velho forte! Grande
Rio, valente!
Hoje diferente, não mais frequente.
O Rio das pessoas,
Sinceras e inteligentes.
O velho Rio,
O Rio dos Coronéis.
Um Rio que muitos escreveram,
A literatura muito abordou.
Um Rio que,
A História dissertou.
Simplesmente,
O Rio São Francisco.
Rio, Riacho, acima de
tudo,
Um grande Oceano,
ainda que Mar!
Isso ninguém poderá
negar.
O Riacho
Invadiu
O Rio
Abaixo
São Francisco
Quase
Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio destemido
Hoje rompido, e , esquecido
O vento, o tempo
Sereno
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco,
Restou.
Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro...
Igual
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu.
E as matas deu um adeus,
São Francisco, o Rio
velho meu...
Qual belo! O nordeste
entristeceu.
O nascente do rio
abasteceu,
Quisera um dia, o rio
amadureceu.
E agora! triste nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio
ora desapareceu.
Um dia, alguém
outrora diria,
Se um dia São
Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste
encontraria,
Sem as águas do nobre
São Francisco.
Existe ainda um verbo
pra se conjugar!
Se as águas deste,
não mais entonar.
Rio São
Francisco
O Rio, o riacho,
O Rio, lá embaixo.
O Rio, lá em cima,
Surgiu, de uma simples mina.
O Rio, um decoro,
Belo rio, um tesouro.
Que natureza
expandiu,
O Rio, suas águas se
vão.
Neste triste, nobre
sertão,
O Rio às margens quem
viu.
Eis então: nobre sertão,
Coitado! Pobre
coração.
Eis, que:
Esse sertão, vai virar mar...
E o mar!
Será...
Vai outrora virar
sertão?
Será?
O que dizer: As
profecias...
Senão: E as
heresias...
Um mar... Um
Oceano...
Quem é o dono!
Outono...
Quisera! Eis a
interpretação,
Palpita sereno, um pobre
coração.
Do mar ao longo
oceano,
Veraneio desse longo
sertão.
São Francisco...
O amadurecido, hoje
esquecido.
Nada disso, quanto
delírio...
E, E... nesse
repente...
Um olhar, estridente.
Vamos lá!
Oh! Minha gente...
Eu queria...
Poder novamente,
Fotografar, esse
rio...
Uma foto bem
diferente...
Como?
Uma foto, apenas uma.
Com um olhar dos
anos...
Em que...
O rio, tinha o seu
nascente...
E as águas corriam
pareciam estar...
Alegres ... e mais
sorridentes...
Eu queria!
Ser um nobre
conselheiro,
Pra herdar esse rio
brasileiro.
Verdadeiro, São
Francisco...
Valente! Presente!
Guerreiro.
Fazer sim... as águas
rolar,
Pro nordeste, jamais
enfartar.
Esse rio só cresce no
agreste,
Consonante, rico é a
seca.
pobre nordeste,
Eis que!
O desenvolvimento por
lá!
Não pode incomodar...
Coitado! Pobre
coração,
Não é um vulcão.
No agreste, no
sertão,
Esse enorme rio que
corre...
Pelo Nordeste
brasileirão.
Quisera outrora a
interpretação,
Desse lindo rio, ele
é o vilão,
Desse enorme
território,
Que percorre esse
sertão.
Do rio ao mar
outrora,
Do mar ao oceano.
As águas rolam,
Não existe, engano.
Esse rio, é soberano,
Quanto delírio,
Alegria, ou a
tristeza,
Esse rio é uma
grandeza.
Não sou tropeiro,
Nem tampouco,
boiadeiro,
Mas, vivo uma longa
jornada...
De galocha, a beira
da estrada.
Quisera São
Francisco,
Outrora poder sonhar.
Grande Rio!
Um dia, remando...
Gritando, Eu pus a
gritar!
Sonhando,
enlouquecido.
Despertei, triste a
chorar,
Enlouquecido
sorrindo,
E o Rio suas águas...
Um gemido tristonho,
Outrora, ouvi a
palpitar!
Eternamente, São
Francisco...
Dos pobres desse
chão.
Amado... Nordeste!
ETHA
Rio São Francisco
É assim ! Para mim,
Não tem começo!
Não tem fim.
Fui um Rio Sim Sinhô!
Um Rio Sem começo
e sem fim;
Fui um Rio
Batalhador!
Com muita garra
e muito amor.
Que pena sinhô
Bartolomeu,
Que esse grande Rio
de Deus...
Que deu o adeus e
Deus o levou...
Eis aqui!
O meu adeus,
Aos Tupis e aos
Guaranis!
Aos Carajés,
E também aos Pajés!
Que outrora...
Ao nascente,
Cá estiveram...
Sorridentes,
Esses índios...
Observando porem !
Nascente ao poente,
Diante das luzes
infinitas.
Luzes claras e
malditas!
Todas elas sem um
fim!
E agora?
Longe de mim...
Fica então o meu
adeus,
A quem nunca a de
esquecer.
É um verbo pra
conjugar,
Etha rio popular!
Do sertão,
nordestino,
Vive a reclamar!
Pobre menino...
Tem sede, e vive.
Sem destino.
Uma vida, um destino,
Que vida! Pobre
menino.
E se...
Se um dia!
O sertão, virar mar?
E o mar sua águas,
Não mais jorrar?
E se por lá! A
profecia...
Dum nobre sujeito,
Dum sujeito... uma
heresia.
Uma linda
interpretação,
Desse rio, é sempre a
emoção.
Trazendo águas, pro
velho sertão,
Sem falcatrua...
Atraso, não existe
não.
É um rio de “águas
doce...”
Pro desenvolvimento contribuir.
Pro rico, médio ou
pobre,
Todos hão de o usufruir...
É o povo nobre, todos
hão de evoluir.
Pra acontecer,
mudanças,
No vale, eis a nobre
esperança.
Dessa pobre , triste
criança,
Suas águas .. . Nossa
liderança.
Esse País! País da
esperança!
Esse rio do nordeste,
bela criança.
Imaginem! Se ele não
existisse...
O nordeste, seria o
sertão mais triste,
Olha lá! Meu irmão.
Desse nordeste, tão
triste.
Desde que o Brasil
surgiu,
D. Pedro no poder
imperial.
Dizer da chegada de
Cabral,
O início do País,
imperial.
Quando da chegada de
Cabral,
Ou mesmo de Pero Vaz
de Caminha.
Esse rio no nordeste,
era um manancial,
Dizia o povo, na
época, do Brasil Imperial.
Já falavam do sistema
de transporte,
Esse rio, velho
valente, dava o suporte.
Era por lá via da
Bacia Fluvial,
Das águas do São
Francisco.
Era esse rio, do período
colonial,
Das águas do São
Francisco.
Era grande, esse
manancial...
Essas águas do Brasil
Central,
Agitadas! Águas do
São Francisco,
Do portal à execução.
Do povo! Deste nobre
sertão.
Era pobre, o povo
dessa região...
Enfim... a seca,
nobre sertão.
Da seca! A miséria...
Ao Homem, na sua veia
na sua artéria!
Indignados, sobre
essa triste matéria,
Porém nada mais... A
coisa é séria.
Não basta! A água
jorrar...
O Raio
Do Rio.
O Riacho
Invadiu.
O Rio Abaixo.
São Francisco
Quase! Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio
destemido
Hoje rompido, e ,
esquecido
Quisera!
O vento, o tempo
sereno!
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco, restou.
Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro ...
Igual!
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu,
E as matas deram um
adeus,
São Francisco, o rio
velho meu...
Qual belo! O nordeste
entristeceu.
O nascente do rio
abasteceu,
Quisera um dia! O rio
amadureceu.
E agora! triste
nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio
ora desapareceu.
Um dia, alguém
outrora diria,
Se um dia São
Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste
encontraria,
Sem as águas do nobre
São Francisco.
Existe ainda um verbo
pra se conjugar!
Se as águas deste,
não mais entonar.
Rio São Francisco
Som da natureza
Escutai
os sons,
O
próprio!
O
da natureza...
O
vento!
O
trovão!
O
relâmpago...
Sacia
a alma,
Meu
irmão.
Nada
é tudo!
Tudo
é nada!
Eis
ai ...
O
barulho
O
do trovão,
Vejo
assim,
A
terra...
As
águas, o ar...
O
vento, enfim...
Até
o presente momento!
Disso
nada é invento.
Vejo
a terra,
Esquecida!
E
as águas...
Vejo
a terra esquecida!
O
ar! A vida.
Que
vida! Sofrida.
Vejo
as águas rompidas...
O
Planeta ora morrendo.
Sem
água! Não há vida.
Essa
terra morrendo.
E o
Homem?
Cadê
o Homem?
Que
a água e a terra...
Esse
Homem ... Que a consome!
A
natureza reclama!
A
represa agora vazia.
Não
há ar, é
hipocrisia,
Nos
céus: O sol ao longo dia.
Nos
céus: A Lua ao longo da noite,
Que
natureza! Hoje ela vazia...
Na
imagem: Vê o sol, vê a lua...
Sereno
linda é hipocrisia.
A
imagem é a saudade!
Não
mais realidade.
A
torneira hoje assovia,
Outrora
era toda cheia.
Existia
muita água!
Tamanha
era alegria.
Hoje
o Homem!
Implora:
A chuva.
Quem
diria!
Tristeza
ou alegria.
A
velha, a benzedeira,
Hoje
toda forasteira.
Com
galhos ou roseira,
Não
adianta!
A
natureza,
Deu-lhe
uma bela rasteira.
E
agora?
Sem
água para beber...
E
sem amor...
Para!
Tudo para!
Não
adianta tentar...
A
natureza a revidar!
Hoje
impossível viver,
Não
mais adianta,
Não
mais tentar...
Não
... Não mais a minha oração,
A
água, que vale ouro...
A
natureza, eis aio tesouro...
A
falta: A morte se espalha!
A
doença é o instrumento.
Sem
ar, sem água,
Triste
momento!
A
terra esquecida,
A
régua na sala exposta.
A
professora, o poeta ... sem resposta.
Enfim!
Qual é o fim!
Ai
de ti! Ai de mim!
Quisera!
A consequência.
E
por consequência...
Não
adiante! A valência.
Não
adianta diplomacia,
A
água está por um fio...
Na
represa, nos rios... ela sumiu.
A
água Senhor! Não chove!
Triste
imagem! Triste paisagem...
O
Rio, O Mar, O Lago e até o Choro!
Triste
paisagem, triste imagem...
Ah
de silenciar...
O
seu leito secou.
Aquele
barulho de outrora,
O
barulho o desastre, tudo secou.
A
cada século que chega,
O
sertão, não é mais sertão.
As
águas do rio lá em vão.
Ah!
que tristeza “Meu Deus!”
A
muito não chove neste triste sertão.
As
águas hoje não mais dizer...
Aquela
a da enxurrada.
Craqueiando,
agonizando, ou mesmo...
O
broto, o do gemido,
Ou
mesmo do destemido.
A
água é vida!
Hoje
a água rompida.
A
lágrima, a do criminoso!
Que
nojo!
Lá
quando os céus abriam...
“As portas...”
Lá
as águas guardadas!
Lá
vinham um repente:
“As trovoadas”
Eis
, portanto:
Não
era espanto!
Acredite:
Um encanto.
As
curvas, reluzes acendiam...
E
as trombetas... os murmúrios.
Quanta
eram as alegrias...
Eram
lindas, as euforias, os risos...
“As nostalgias”.
E
agora: A escala de valores,
A
ferrugem, indevida.
A
mata rompida,
Baixou
a represa.
A
terra hoje esquecida,
O
homem imprudente.
Acabou!
O
Homem, não mais valente!
Seu
peito.
Hoje
queimado...
Neste
triste rio...
A
régua hoje em vão,
A
professora, o poeta, triste estão.
A
terra nua e crua!
Não
vê mais a água...
Que
injuria!
Sofrimento!
Florestas
esquecidas,
Animais
em extinção.
A
brasa no seu coração,
Hoje
a morte!
É
triste, meu irmão.
O
alerta! Ao grande Rio,
Do
grande perigo,
Quão
grande tristeza...
Sem
água...
Dendritos
hoje por tudo...
Pior!
Tudo rompido...
VOU ALÉM
Meu amado velho Chico,
Quem te viu nascer
Hoje não resiste,
Nem se quer...
A um grão de areia,
Pra dizer do Rio Doce.
O do São Francisco.
Hoje todo magro e imaculado,
São Francisco acabado.
Onde está o velho Chico,
Hoje, o Chico só estudado.
Pois a seca o levou,
Não tem mais as águas.
E, tampouco os peixes,
Nesse Rio! Tudo acabado.
Não existe, mais as águas,
Do velho Rio Chico, o cobiçado!
O Chico dava “Emprego”,
Hoje: Não mais propagado.
Ora, o Rio todo magro,
Desse povo abençoado.
Quem te viu nascer,
Pode muito relatar.
A velha História do Rio Chico,
Um Rio outrora rico,
Um Rio agora pobre!
Se culpar a desmatação...
Ou a própria habitação.
Por a culpa na desmatação,
Ou na própria habitação.
Dos esgotos a jorrar,
Sem nenhuma correção.
Pros estados nordestinos,
Nossa História poder ganhar.
E o Rio lá se foi,
Já não se pesca...
E, tampouco,
Pode se navegar.
Se pensares em problemas,
Eis ai um grande dilema.
Lá não mais a piracema,
Pássaros adeus a pobre ema.
São Francisco enterrado,
Seu povo não mais conformado.
O dilema no Nordeste,
É dizer bem assim.
O velho Rio O Nilo,
O velho Chico Brasileiro.
Nobre Rio escudeiro.
Hoje é todo poluído,
Triste Rio destruído.
Cadê? O peixe meu irmão.
Cadê? O pescador meu irmão.
Nem tenha pena e nem dó!
As águas viraram pó.
Sofredor agora: Eis o pescador,
Neste Nordeste sem paz e amor.
Vou fazer uma prece,
Pro Nordeste e pro agreste.
Pra acabar com o pó!
E voltar as águas...
Do grande Rio o meu xodó!
Será!
Lá no nordeste vejam só!
Pra ver os céus
escurecer,
Ou pra acabar com o pó!
Muita chuva precisa cair,
E rezar muito é de fazer dó!
Convido os ecologistas,
Pro nosso São Francisco.
Pra juntos defender,
E muito aprender.
O Rio que se avista,
O antigo São Francisco.
Hoje sumiu da lista,
Muito se tem pra dizer.
A água é fonte de vida!
Vou dizer ao senhor
Doutor.
Da antiga profecia,
Quem diria!
Que a água iria faltar,
Esse grande Rio, uma
nostalgia.
De repente, sem previsão,
Eis ai terras, matas tudo em vão.
Se todos tivessem
aprendido,
Se todos tivessem
aprendido.
Esse Rio não teria desaparecido,
Eis que, no século
passado.
Se todos tivessem
estudado.
E agora! Que esse Rio,
Simplesmente,
Ficou pra História,
Estudar, como?
No curso no Doutorado.
São páginas nos livros,
Que escreveram um
aglomerado.
Agora “EU” vou detonar!
Eis a História do Rio muito falado,
É uma canção ou uma
apelação.
Sofreu sim grande
transformação,
O rio xodó! O velho
Chico.
O Rio era pra ser
privatizado,
Quem sabe então!
Se hoje os seus moldes...
A linguagem quiçá
organizada.
Remia a população,
Terrenos não eram
habitados.
Cadê o assassino,
Desse pobre Rio...
Menino.
Cadê ? O Rio...
Cadê? A Mata...
Cadê? O mar...
O do índio, do branco ou
do negro.
Cadê o triste, o alegre
ou o mulato ou o que vive meditando.
Que digam logo esse
repente!
Pro menino ou ao mais inteligente.
Cadê o meu povo?
Estou aqui de novo.
Um apelo a degradação,
Ao meio ambiente.
Afinal! A toda essa população.
Inda que das águas
a jorrar,
E as terras poder herdar.
Cadê os meus direitos?
Sou um Rio.
Sem alma e coração.
Fiz lindas curvas,
vive um
período.
Ainda que as matas, e a
habitação.
Meus peixes outros tantos
da fauna e
Da flora imaginem que tamanha foi a minha perdição.
A saudade! Muita saudade,
Poder ainda jorrar...
As águas e poder herdar ...
Mataram
o meu sistema,
Mataram
esse ecossistema,
Enfim o Homem me
suicidou.
Esse grande RIO o velho
Chico,
O nosso gigante Rio,
São Francisco sumiu...
Hoje triste, não mais
amante,
Sem garra sem mira pobre
Rio.
Eu vou agora decifrar,
Lá
na serra da CANASTRA.
Onde o comandante sumiu,
Eis ai, era um Rio.
Um Rio gigante e varonil,
Alguém queria privatizar.
As águas desse Rio,
E agora lá no congresso.
Todos vivem calados,
Não se fala do Rio agora
enterrado.
Quão triste! Estou
meditando,
Do velho Rio São
Francisco.
Ninguém mais fala desse
Rio,
O Rio Morreu. O povo
esqueceu,
Pra que lembrar a nossa
população.
É triste esse Rio...
E assim continua a vida!
Bem te vi não canta mais.
Na beira do São
Francisco,
As gaivotas não voam
mais.
Nos recantos do São
Francisco.
Aqui os peixes são
escassos,
Adeus a defesa ecológica.
O cantar dos pássaros,
Adeus a gula do
nordestino.
Hoje sem destino,
Adeus velho e triste
menino.