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sábado, 13 de agosto de 2016

CORDÉIS DO RIO SÃO FRANCISCO

“ LITERATURA DE CORDÉIS”.
      CORDÉIS DO RIO
 Rio São Francisco


Edição Brasileira
Ano: 2016- 2017
Autor: Feres Cury
    
        CORDÉIS
 Rio São Francisco


Desde menino,
Queria um companheiro.
Não viver no abismo,
Queria ter liberdade.
Com minhas águas...
Percorrer  todo  o sertão;
Mas, fui degolado.

Hoje! Sou o que sobrou,
Desse sertão nordestino.
Não sou mais menino,



Sou um velho, o chico  guerreiro,
Vivo no deserto brasileiro,
Continuo....
Apesar de Hospitaleiro.
Meus peixes, meus pássaros.
Despertaram....
Nos calvares.
Hoje sou imortal
São Francisco,
O imortal;
Sou assim...

Rio popular.
O velho Chico.
Do velho e conhecido,
Agrestes  ...  Essa é a nova literatura.
A literatura narrativa,
Do Nordeste Brasileiro.
        O grande Rio.


O Rio do velho cangaceiro,
O do Moisés:  O Lupion.
Apelidado:
O Lampião.
O Rio velho Chico.
O grande nobre e  hospitaleiro,
Foi grande guerreiro.
                     


Ao meu amado,
Das águas sei não das do Tucuruí.
Quem sabe! Do velho Amazonas,
Das lindas vitórias Régias.

Ao meu amado,
Do velho rio.
O Rio São Francisco,
Rio idolatrado.
O do passado,
Destemido: O do presente.
Sofrido: O do futuro.



           Quisera

Do velho Chico,
Do velho Rio.
O São Francisco,
Do Nordeste Brasileiro.
O que era um soldado,
Soldado não escravizado.

Tampouco terceirizado,
Glorioso São Francisco.
O velho Rio,
O rio dos apaixonados.
O velho Rio, O grande Tenente,
O velho forte! Grande Rio, valente!
Hoje diferente,  não mais frequente.
      O Rio das pessoas,
      Sinceras  e inteligentes.
      O velho Rio,
      O Rio dos Coronéis.
      Um Rio que muitos escreveram,
       A literatura muito abordou.
Um Rio que,
A História dissertou.
Simplesmente,
O Rio São Francisco.
Rio, Riacho, acima de tudo,
Um grande Oceano, ainda que Mar!

Isso ninguém poderá negar.
O Riacho
Invadiu
O Rio
Abaixo
São Francisco
Quase

Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio destemido
Hoje rompido,  e , esquecido
      QUISERA      
O vento, o   tempo
Sereno
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco,
Restou.

Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro...
Igual
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu.

E as  matas deu um adeus,
São Francisco, o Rio velho meu...
Qual belo! O nordeste entristeceu.
O nascente do rio abasteceu,
Quisera um dia, o rio amadureceu.
E agora!  triste   nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio ora desapareceu.

Um dia, alguém outrora diria,
Se um dia São Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste encontraria,
Sem as águas do nobre São Francisco.
Existe ainda um verbo pra se conjugar!
Se as águas deste, não mais  entonar.


  QUEM DA MAIS
   Rio São Francisco
O Rio, o riacho,
O Rio, lá embaixo.
O Rio, lá em cima,
Surgiu,  de uma simples mina.
O Rio, um decoro,
Belo rio, um tesouro.

Que natureza expandiu,
O Rio, suas águas se vão.
Neste triste, nobre sertão,
O Rio às margens quem viu.
Eis   então:  nobre sertão,
Coitado! Pobre coração.
Eis, que:
Esse sertão,  vai virar mar...
E o mar!
Será...
Vai outrora virar sertão?
Será?
O que dizer: As profecias...
Senão: E as heresias...
Um mar... Um Oceano...
Quem é o dono! Outono...
Quisera! Eis a interpretação,
Palpita sereno, um pobre coração.

Do mar ao longo oceano,
Veraneio desse longo sertão.
São Francisco...
O amadurecido, hoje esquecido.
Nada disso, quanto delírio...
E, E... nesse repente...

Um olhar, estridente.
Vamos lá!
Oh! Minha gente...
Eu queria...
Poder novamente,
Fotografar, esse rio...
Uma foto bem diferente...
Como?
Uma foto, apenas uma.
Com um olhar dos anos...
Em que...
O rio, tinha o seu nascente...
E as águas corriam pareciam estar...
Alegres ... e mais sorridentes...
Eu queria!
Ser um nobre conselheiro,
Pra herdar esse rio brasileiro.
Verdadeiro, São Francisco...
Valente! Presente! Guerreiro.
Fazer sim... as águas rolar,
Pro nordeste, jamais enfartar.
Esse rio só cresce no agreste,
Consonante, rico é a seca.

pobre nordeste,
Eis que!
O desenvolvimento por lá!
Não pode incomodar...
Coitado! Pobre coração,
Não é um vulcão.


No agreste, no sertão,
Esse enorme rio que corre...
Pelo Nordeste brasileirão.
Quisera outrora a interpretação,
Desse lindo rio, ele é o vilão,

Desse enorme território,
Que percorre esse sertão.
Do rio ao mar outrora,
Do mar ao oceano.
As águas rolam,
Não existe, engano.
Esse rio,  é soberano,
Quanto delírio,
Alegria, ou a tristeza,
Esse rio é uma grandeza.
Não sou tropeiro,
Nem tampouco, boiadeiro,
Mas, vivo uma longa jornada...
De galocha, a beira da estrada.
Quisera São Francisco,
Outrora poder sonhar.
Grande Rio!
Um dia, remando...
Gritando, Eu pus a gritar!
Sonhando, enlouquecido.
Despertei, triste a chorar,

Enlouquecido sorrindo,
E o Rio suas águas...
Um gemido tristonho,
Outrora, ouvi a palpitar!
Eternamente, São Francisco...
Dos pobres desse chão.
Amado... Nordeste!


             ETHA
Rio São Francisco
É assim ! Para mim,
Não tem começo!
Não tem fim.
Fui um Rio Sim Sinhô!
Um Rio Sem começo
e sem fim;
Fui um Rio Batalhador!
Com muita garra
e muito amor.
Que pena sinhô Bartolomeu,
Que esse grande Rio de Deus...
Que deu o adeus e Deus o levou...
Eis aqui!
O meu adeus,
Aos Tupis e aos
Guaranis!
Aos Carajés,
E também aos Pajés!
Que outrora...
Ao nascente,
Cá estiveram...
Sorridentes,
Esses índios...
Observando porem !
Nascente ao poente,
Diante das luzes infinitas.
Luzes claras e malditas!
Todas elas sem um fim!
E agora?
Longe de mim...
Fica então o meu adeus,
A quem nunca a de esquecer.
É um verbo pra conjugar,
Etha rio popular!
Do sertão, nordestino,
Vive a reclamar!
Pobre menino...
Tem sede, e vive.
Sem destino.
Uma vida, um destino,
Que vida! Pobre menino.
E se...
Se um dia!
O sertão, virar mar?
E o mar sua águas,
Não mais jorrar?
E se por lá! A profecia...
Dum nobre sujeito,
Dum sujeito... uma heresia.
Uma linda interpretação,
Desse rio, é sempre a emoção.
Trazendo águas, pro velho sertão,
Sem falcatrua...
Atraso, não existe não.
É um rio de “águas doce...”
Pro  desenvolvimento contribuir.
Pro rico, médio ou pobre,
Todos hão de o  usufruir...
É o povo nobre, todos hão de evoluir.
Pra acontecer, mudanças,
No vale, eis a nobre esperança.
Dessa pobre , triste criança,
Suas águas .. . Nossa liderança.

Esse País! País da esperança!
Esse rio do nordeste, bela criança.
Imaginem! Se ele não existisse...
O nordeste, seria o sertão mais triste,
Olha lá! Meu irmão.
Desse nordeste, tão triste.
Desde que o Brasil surgiu,
D. Pedro no poder imperial.
Dizer da chegada de Cabral,
O início do País, imperial.
Quando da chegada de Cabral,
Ou mesmo de Pero Vaz de Caminha.
Esse rio no nordeste, era um manancial,
Dizia o povo, na época, do Brasil Imperial.
Já falavam do sistema de transporte,
Esse rio, velho valente, dava o suporte.
Era por lá via da Bacia Fluvial,
Das águas do São Francisco.
Era esse rio, do período colonial,
Das águas do São Francisco.
Era grande, esse manancial...
Essas águas do Brasil Central,
Agitadas! Águas do São Francisco,
Do portal à execução.
Do povo! Deste nobre sertão.
Era pobre, o povo dessa região...
Enfim... a seca, nobre sertão.
Da seca! A miséria...
Ao Homem, na sua veia na sua artéria!
Indignados, sobre essa triste matéria,
Porém nada mais... A coisa é séria.
Não basta! A água jorrar...
O Raio
Do Rio.
O Riacho
Invadiu.
O Rio Abaixo.
São Francisco
Quase! Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio
destemido
Hoje rompido, e , esquecido
Quisera!
O vento, o tempo sereno!
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco, restou.
Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro ...


Igual!
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu,
E as matas deram um adeus,
São Francisco, o rio velho meu...
Qual belo! O nordeste entristeceu.
O nascente do rio abasteceu,
Quisera um dia! O rio amadureceu.
E agora! triste nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio ora desapareceu.
Um dia, alguém outrora diria,
Se um dia São Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste encontraria,
Sem as águas do nobre São Francisco.
Existe ainda um verbo pra se conjugar!
Se as águas deste, não mais entonar.


     Rio São Francisco
     Som da natureza

Escutai os sons,
O próprio!
O da natureza...
O vento!
O trovão!
O relâmpago...

Sacia a alma,
Meu irmão.
Nada é tudo!
Tudo é nada!
Eis ai   ...
O barulho

O do trovão,
Vejo assim,
A terra...
As águas, o ar...
O vento, enfim...
Até o presente momento!
Disso nada é invento.

Vejo a terra,
Esquecida!
E as águas...
Vejo a terra esquecida!
O ar! A vida.
Que vida! Sofrida.
Vejo as águas rompidas...
O Planeta ora morrendo.
Sem água! Não há vida.
Essa terra morrendo.
E o Homem?
Cadê o Homem?
Que a água e a terra...
Esse Homem ... Que a consome!

A natureza reclama!
A represa agora vazia.
Não há ar,  é  hipocrisia,
Nos céus: O sol ao longo dia.
Nos céus: A Lua ao longo da noite,
Que natureza! Hoje ela vazia...

Na imagem: Vê o sol, vê a lua...
Sereno linda é hipocrisia.
A imagem é a saudade!
Não mais realidade.
A torneira hoje assovia,
Outrora era toda cheia.

Existia muita água!
Tamanha era alegria.
Hoje o Homem!
Implora: A chuva.
Quem diria!
Tristeza ou alegria.

A velha, a benzedeira,
Hoje toda forasteira.
Com galhos ou roseira,
Não adianta!
A natureza,
Deu-lhe uma bela rasteira.
E agora?
Sem água para beber...
E sem amor...
Para! Tudo para!

Não adianta tentar...
A natureza a revidar!
Hoje impossível viver,
Não mais adianta,
Não mais tentar...

Não ... Não mais a minha oração,
A água, que vale ouro...
A natureza, eis aio tesouro...
A falta: A morte se espalha!
A doença é o instrumento.
Sem ar, sem água,
Triste momento!

A terra esquecida,
A régua na sala exposta.
A professora, o poeta ... sem resposta.
Enfim! Qual é o fim!
Ai de ti! Ai de mim!
Quisera! A consequência.

E por consequência...
Não adiante! A valência.
Não adianta diplomacia,
A água está por um fio...
Na represa, nos rios... ela sumiu.
A água Senhor! Não chove!
Triste imagem! Triste paisagem...
O Rio, O Mar, O Lago e até o Choro!
Triste paisagem, triste imagem...

Ah de silenciar...
O seu leito secou.
Aquele barulho de outrora,
O barulho o desastre, tudo secou.

A cada século que chega,
O sertão, não é mais sertão.
As águas do rio lá em vão.
Ah! que tristeza “Meu Deus!”
A muito não chove neste triste sertão.
As águas hoje não mais dizer...
Aquela a da  enxurrada.

Craqueiando, agonizando, ou mesmo...
O broto, o do gemido,
Ou mesmo do destemido.
A água é vida!
Hoje a água rompida.
A lágrima, a do criminoso!
Que nojo!

Lá quando os céus abriam...
As portas...”
Lá as águas guardadas!
Lá vinham  um repente:
As trovoadas”

Eis , portanto:
Não era espanto!
Acredite: Um encanto.
As curvas,  reluzes acendiam...
E as trombetas... os murmúrios.
Quanta eram as alegrias...
Eram lindas, as euforias, os risos...
As nostalgias”.

E agora: A escala de valores,
A ferrugem, indevida.
A mata rompida,
Baixou a represa.
A terra hoje esquecida,
O homem imprudente.

Acabou!
O Homem, não mais valente!
Seu peito.
Hoje queimado...

Neste triste rio...
A régua hoje em vão,
A professora,  o poeta, triste estão.
A terra nua e crua!
Não vê mais a água...
Que injuria!
Sofrimento!
Florestas esquecidas,
Animais em extinção.
A brasa no seu coração,
Hoje a morte!
É triste, meu irmão.
O alerta! Ao grande Rio,
Do grande perigo,
Quão grande tristeza...
Sem água...
Dendritos hoje por tudo...
Pior! Tudo rompido...







   

      VOU ALÉM
Meu amado velho Chico,
Quem te viu nascer
Hoje não resiste,
Nem se quer...
A um grão de areia,
Pra dizer do Rio Doce.
O do São Francisco.
Hoje todo magro e imaculado,
São Francisco acabado.
Onde está o velho Chico,
Hoje, o Chico só estudado.
Pois a seca o levou,
Não tem mais as águas.
E, tampouco os peixes,
Nesse Rio! Tudo acabado.
Não existe, mais as águas,
Do velho Rio Chico, o cobiçado!
O Chico dava “Emprego”,
Hoje: Não mais propagado.
Ora, o Rio todo magro,
Desse povo abençoado.

Quem te viu nascer,
Pode muito relatar.
A velha História do Rio Chico,
Um Rio outrora rico,
Um Rio agora pobre!

Se culpar a desmatação...
Ou a própria habitação.
Por a culpa na desmatação,
Ou na própria habitação.
Dos esgotos a jorrar,
Sem nenhuma correção.
Pros estados nordestinos,
Nossa História poder ganhar.
E o Rio lá se foi,
Já não se pesca...
E, tampouco,
Pode se navegar.

Se pensares em problemas,
Eis ai um grande dilema.
Lá não mais a piracema,
Pássaros adeus a pobre ema.
São Francisco enterrado,
Seu povo não mais conformado.

O dilema no Nordeste,
É dizer bem assim.
O velho Rio O Nilo,
O velho Chico Brasileiro.
Nobre Rio escudeiro.
Hoje é todo poluído,
Triste Rio destruído.

Cadê? O peixe meu irmão.
Cadê? O pescador meu irmão.
Nem tenha pena e nem dó!
As águas viraram pó.
Sofredor agora: Eis o pescador,
Neste Nordeste sem paz e amor.

Vou fazer uma prece,
Pro Nordeste e pro agreste.
Pra acabar com o pó!
E voltar as águas...
Do grande Rio o meu xodó!


             Será!
 Lá no nordeste vejam só!
Pra ver os céus escurecer,
Ou pra acabar com o pó!
Muita chuva precisa cair,
E rezar muito  é de fazer dó!
     Convido os ecologistas,
     Pro nosso São Francisco.
     Pra juntos defender,
     E muito aprender.
     O Rio que se avista,
     O antigo São Francisco.
Hoje sumiu da lista,
Muito se tem pra dizer.
A água é fonte de vida!
Vou dizer ao senhor Doutor.
Da antiga profecia,
Quem diria!
Que a água iria faltar,
Esse grande Rio, uma nostalgia.

De repente, sem previsão,
Eis ai  terras, matas tudo em vão.
Se todos tivessem aprendido,
Se todos tivessem aprendido.
Esse  Rio não teria desaparecido,
Eis que, no século passado.

Se todos tivessem estudado.
E agora! Que esse Rio,
Simplesmente,
Ficou pra  História,
Estudar, como?
No curso  no Doutorado.

São páginas nos livros,
Que escreveram  um  aglomerado.
Agora “EU” vou detonar!
Eis a  História do Rio muito falado,
É uma canção ou uma apelação.
Sofreu sim grande transformação,
O rio xodó! O velho Chico.

O Rio era pra ser privatizado,
Quem sabe então!
Se hoje os seus moldes...
A linguagem quiçá organizada.
Remia a população,
Terrenos não eram habitados.
Cadê o assassino,
Desse pobre Rio... Menino.
Cadê ? O Rio...
Cadê?  A Mata...
Cadê?  O mar...
O do índio, do branco ou do negro.
Cadê o triste, o alegre ou o  mulato ou  o que vive meditando.

Que digam logo esse repente!
Pro  menino ou ao mais inteligente.
Cadê o meu povo?
Estou aqui de novo.
Um apelo a  degradação,
Ao meio ambiente.
      Afinal! A toda essa população.
      Inda que das   águas  a jorrar,
     E as terras poder herdar.
          Cadê os meus  direitos?
          Sou um Rio.
Sem alma e  coração.
Fiz lindas curvas, vive  um  período.
Ainda que as matas, e a habitação.
Meus peixes outros tantos da fauna e
Da flora  imaginem que tamanha foi a minha perdição.
      A saudade! Muita saudade,
      Poder ainda jorrar...
      As águas e poder herdar  ...
      Mataram o meu sistema,
      Mataram  esse  ecossistema,
Enfim o Homem me suicidou.
Esse grande RIO o velho Chico,
O nosso gigante Rio,
São Francisco sumiu...
Hoje triste, não mais amante,
Sem garra sem mira pobre Rio.
       Eu vou agora decifrar,
       Lá na serra da CANASTRA.
       Onde o comandante  sumiu,
       Eis ai, era um Rio.
       Um Rio gigante e varonil,
       Alguém queria privatizar.
As águas desse Rio,
E agora lá no congresso.
Todos vivem calados,
Não se fala do Rio agora enterrado.
Quão triste! Estou meditando,
Do velho Rio São Francisco.
Ninguém mais fala desse Rio,
O Rio Morreu. O povo esqueceu,
Pra que lembrar a nossa população.
É triste esse Rio...
E assim continua a vida!
Bem te vi não canta mais.
Na beira do São Francisco,
As gaivotas não voam mais.
Nos recantos do São Francisco.
Aqui os peixes são escassos,
Adeus a defesa ecológica.
O cantar dos pássaros,
Adeus a gula do nordestino.
Hoje sem destino,

Adeus velho e triste menino.