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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Como Fazer Cordéis FERES CURY



     

           Aprenda a fazer um cordel

                         Feres Cury


   

Aprenda a fazer um cordel

Interessante veja aqui como se faz um cordel.
É divertido!

Aprenda fazer um cordel Noções de métrica e rima
Por: Feres Cury

O que é literatura de cordel?
É uma narrativa poética popular escrita com métrica e com rimas soantes (perfeitas ou quase perfeitas).
O que é um verso?
É cada uma das linhas constitutivas de um poema. (o mesmo que pé).
Versos brancos: versos não rimados; versos soltos. Verso de seis pés: Sextilhas Verso de pé quebrado: Verso errado ou malfeito

O que é estrofe?

É um grupo de versos que apresentam, comumente, sentido completo, o mesmo que estância. Existem vários tipos de estrofes, no cordel as mais usadas são:
quadra (que caiu em desuso), sextilha, setilha e décima.
Veja os exemplos abaixo:
Quadra (estrofes de quatro versos de sete sílabas)O sabonete cheiroso,
Bonitinho e perfumado;
Ele ouviu alguns rumores
Que o deixou encabulado.
(A briga do sabão com o sabonete, Gomes de Assis)
Sextilhas (estrofes de seis versos de sete sílabas) 
A sujeira aqui em baixo
Já está fazendo mal
E o Homem achando pouco
Lá no Espaço Sideral
Contamina nossa órbita
Com o lixo espacial.
(A Terra pede socorro, Gomes de Assis)
Setilhas (estrofes de sete versos de sete sílabas)
Bin Laden conectado
Com Nete ficou teclando
Passando noites no Messagen
Por ela se declarando.Bom!
Gosto não se discute,
Mas não é que pelo Orkut
Um romance foi rolando.
(Férias que Bin Laden passou em Natal, Gomes de Assis)

Décimas
Se eu morrer neste lugar
Cessando aqui minha lida
Lá do outro lado da vida
Do Sertão hei de lembrar
E se Deus me castigar
Será branda a punição Pois ele dirá então:
- Pior castigo foi ser
Um sertanejo e viver
Distante lá do Sertão.
(Saudades do meu sertão, Gomes de Assis)

O que é métrica?

Arte que ensina os elementos necessários à feitura de versos medidos. Sistema de versificação particular a um poeta: (Dicionário Aurélio)
Uma sílaba poética é diferente de uma sílaba comum. É possível unir duas ou mais sílabas ou fonemas em apenas uma sílaba poética. Veja o verso abaixo:
Lá do outro lado da vida
Observe que essa estrofe tem oito sílabas comuns, mas poeticamente só tem sete sílabas metrificadas.

1 2 3 4 5 6 7
Lá do ou tro la do da vi da

A sílaba poética é pronunciada como ouvimos os versos, por isso a sonoridade é importante num verso metrificado (a essa contração dá-se o nome de crase ou elisão) e só se conta as sílabas até a sílaba tônica da última palavra.
Veja outro exemplo:

Em pleno século vinte,
O colossal transatlântico
Partindo lá da_Inglaterra
E _atravessando o Atlântico,
Chega à_América em cem horas.
Feito digno de cântico.
(Manuel Azevedo, A tragédia do Nyengurg)
Aprenda a fazer um cordel
Interessante veja aqui como se faz um cordel.
É divertido!

Aprenda fazer um cordel Noções de métrica e rima
Por: Feres Cury

O que é literatura de cordel?
É uma narrativa poética popular escrita com métrica e com rimas soantes (perfeitas ou quase perfeitas).
O que é um verso?
É cada uma das linhas constitutivas de um poema. (o mesmo que pé).
Versos brancos: versos não rimados; versos soltos. Verso de seis pés: Sextilhas Verso de pé quebrado: Verso errado ou malfeito

O que é estrofe?

É um grupo de versos que apresentam, comumente, sentido completo, o mesmo que estância. Existem vários tipos de estrofes, no cordel as mais usadas são:
quadra (que caiu em desuso), sextilha, setilha e décima.
Veja os exemplos abaixo:
Quadra (estrofes de quatro versos de sete sílabas)O sabonete cheiroso,
Bonitinho e perfumado;
Ele ouviu alguns rumores
Que o deixou encabulado.
(A briga do sabão com o sabonete, Gomes de Assis)
Sextilhas (estrofes de seis versos de sete sílabas) 
A sujeira aqui em baixo
Já está fazendo mal
E o Homem achando pouco
Lá no Espaço Sideral
Contamina nossa órbita
Com o lixo espacial.
(A Terra pede socorro, Gomes de Assis)
Setilhas (estrofes de sete versos de sete sílabas)
Bin Laden conectado
Com Nete ficou teclando
Passando noites no Messagen
Por ela se declarando.Bom!
Gosto não se discute,
Mas não é que pelo Orkut
Um romance foi rolando.
(Férias que Bin Laden passou em Natal, Gomes de Assis)

Décimas
Se eu morrer neste lugar
Cessando aqui minha lida
Lá do outro lado da vida
Do Sertão hei de lembrar
E se Deus me castigar
Será branda a punição Pois ele dirá então:
- Pior castigo foi ser
Um sertanejo e viver
Distante lá do Sertão.
(Saudades do meu sertão, Gomes de Assis)

O que é métrica?

Arte que ensina os elementos necessários à feitura de versos medidos. Sistema de versificação particular a um poeta: (Dicionário Aurélio)
Uma sílaba poética é diferente de uma sílaba comum. É possível unir duas ou mais sílabas ou fonemas em apenas uma sílaba poética. Veja o verso abaixo:
Lá do outro lado da vida
Observe que essa estrofe tem oito sílabas comuns, mas poeticamente só tem sete sílabas metrificadas.

1 2 3 4 5 6 7
Lá do ou tro la do da vi da

A sílaba poética é pronunciada como ouvimos os versos, por isso a sonoridade é importante num verso metrificado (a essa contração dá-se o nome de crase ou elisão) e só se conta as sílabas até a sílaba tônica da última palavra.
Veja outro exemplo:

Em pleno século vinte,
O colossal transatlântico
Partindo lá da_Inglaterra
E _atravessando o Atlântico,
Chega à_América em cem horas.
Feito digno de cântico.
(Manuel Azevedo, A tragédia do Nyengurg)
Aprenda a fazer um cordel

As sílabas em negrito são as sílabas tônicas das últimas palavras, onde termina a contagem das sílabas métricas, e as sílabas sublinhadas são as que se contraem formando uma única sílaba. Observa-se que três vocais se contraindo no quinto verso e no sexto verso a consoante “g” forma uma sílaba. Na literatura de cordel geralmente usa-se os versos de sete sílabas (redondilhas maiores) e os versos de dez sílabas (decassílabos).
Outro ex.:

Vou narrar uma história
De_um pavão misterioso
Que levantou vôo da Grécia
Com um rapaz corajoso
Raptando_uma condessa
Filha de_um conde_orgulhoso.
(* Romance do Pavão Misterioso.)

O que é rima?Identidade de som na terminação de duas ou mais palavras. Palavra que rima com outra.

Rimas ricas
Rimas entre palavras de que só existem poucas, ou raríssimas, (chamadas também de rimas difíceis) com a mesma terminação, como novembro e dezembro; túmido e úmido, ou, segundo critério mais seguro, entre palavras de classes gramaticais distintas, como santo (adjetivo) e enquanto (conjunção), minha (pronome)e caminha(verbo).

Rimas pobres
Rimas entre palavras de que se encontra superabundância com a mesma terminação, (chamadas também de rim
As sílabas em negrito são as sílabas tônicas das últimas palavras, onde termina a contagem das sílabas métricas, e as sílabas sublinhadas são as que se contraem formando uma única sílaba. Observa-se que três vocais se contraindo no quinto verso e no sexto verso a consoante “g” forma uma sílaba. Na literatura de cordel geralmente usa-se os versos de sete sílabas (redondilhas maiores) e os versos de dez sílabas (decassílabos).
Outro ex.:

Vou narrar uma história
De_um pavão misterioso
Que levantou vôo da Grécia
Com um rapaz corajoso
Raptando_uma condessa
Filha de_um conde_orgulhoso.
(* Romance do Pavão Misterioso.)

O que é rima?Identidade de som na terminação de duas ou mais palavras. Palavra que rima com outra.

Rimas ricas
Rimas entre palavras de que só existem poucas, ou raríssimas, (chamadas também de rimas difíceis) com a mesma terminação, como novembro e dezembro; túmido e úmido, ou, segundo critério mais seguro, entre palavras de classes gramaticais distintas, como santo (adjetivo) e enquanto (conjunção), minha (pronome)e caminha(verbo).

Rimas pobres
Rimas entre palavras de que se encontra superabundância com a mesma terminação, (chamadas também de rimas fáceis) como agonia e sombria; caminhão e pão ou entre palavras antônimas, como fiel e infiel, simpático e antipático, ou, ainda, segundo critério preferível, entre vocábulos da mesma classe gramatical,como chorasse (verbo) e cantasse(verbo);meu (pronome) e seu (pronome).

Rimas toantesAquelas em que só há identidade de sons nas vogais, a começar das vogais tônicas até a última letra ou fonema, ou algumas vezes, só nas vogais tônicas, ex.: fuso e veludo; cálida e lágrima. (essa forma não é aceita na cantoria nem na literatura de cordel).

Rimas consoantesAs que se conformam inteiramente no som desde a vogal tônica até a última letra ou fonema. Ex.: fecundo e mundo; amigo e contigo; doce e fosse; pálido e válido; moita e afoita. (essa é a forma adotada nas cantorias e na literatura de cordel por ser uma rima perfeita).Palavras com grafia diferente, mas com fonemas (sons) iguais são consideradas rimas perfeitas, ex.: chorasse e face; princesa e riqueza; peça e pressa; seis e mês; faz e mais, PT e dendê. Temos que ter maior cuidado com palavras estrangeiras, porém podem ser usadas, ex.: discute e orkut; batuque e notebook; bauex e você; Internet e chevete, gay e rei. (Existe uma linha de poetas contemporâneos que não utilizam a rima com grafia diferente).

Rimas aparentes (em hipótese alguma se usa no cordel)
São palavras que enganam pelas suas sonoridades parecem que rimam com outras, porém não rimam, ex.: Ceará e cantar; café e chofer; doutor e cantou; desistir e aqui; preferido e amigo; esperto e concreto, pensamento e centro; menina e clima; métrica e genérica; pensamento e tempo vazio e sumiu; cururu e azul.
Cuidado que tem palavras que praticamente não existem rimas para elas, ex.: pizza, tempo, cinza e lâmpada.

CUIDADO: Não se rima plural com singular.
Devido um fato histórico-linguístico não se rima palavras terminadas em “l” com terminadas em “u”, ex.: Brasil e viu; Natal e bacurau Gabriel e chapéu não rimam








Conto: O Caipira e o Doutor


O CAIPIRA E O DOUTOR                    Autor: Feres Cury  postado dia 22-08-2016
                                                                          Horário: 18:55h

O CAIPIRA E O DOUTOR Autor: Feres Cury

-Nesse Brasil tem cada uma. Imaginem só! Numa cidade de um milhão ou mais de habitantes...
-É gente pra caramba! Ou não é?
-Acontece cada coisa ... cada uma mais engraçada do que a outra. Sabe que um caipira bem a brasileira...
-Sabe! Daqueles bem simplórios...que tudo o que ouve falar tem que dar uma experimentada para se contentar ou... melhor ... prá ver se é bom de verdade, não é mesmo? Pois bem!
Esse dito cujo: caboclo, aqui levando o apelido de Juca, do outro lado o Doutor por vez levando o apelido de Dr.Vipe, o sabe tudo! Um homem culto,agora mais do que nunca, muita atenção!!
Esse tal de Juca tinha um velho costume, gostava de freqüentar butecos de esquina e beber...
Não se contentava com pouca coisa não ... pra ele dois ou mais litros de cachaça “pinga” era tido
como um simples aperitivo .... imaginem só!!! Que além de embriagar-se gostava de ficar por
dentro das fofocas dos amigos...E dentre tantas ouviu uma que muito lhe interessou,ouça só!
diziam os bons e incrédulos amigos: -O Doutor... Fulano! Sabe da última? O Doutor...Aquele da
clínica... O Doutor “Vipe”... Curou mesmo aquela doença da Mari, e por falar em Mari a própria
disse ontem pela manhã que ele também teria tratado aquele probleminha do Tonho ... e assim a
conversa se engrossava... Sabe!
As vantagens que eram relatadas levavam cada vez mais o caboclo a acreditar que o Dr.Vipe era
mesmo o melhor daquele lugarejo.. E o Juca a cada minuto ficava mais e mais empolgado,ancioso
para quem sabe! Pudera, conseguir ao menos o endereço ou ao menos se discretamente anotar o endereço do D. Vipe ... Suas lampadinhas acesas... digo o seu despertar nesse momento era muito
importante, e não é que com toda paciência o Juquinha, o danado do caipira foi perguntando um
a um e por incrível que pareça descobriu tudinho... o telefone e até mesmo o endereço eletrônico...
-Olha só! O caipira, o danado do Juquinha noutro dia.
-Com todos os dados que obteve e em mãos: foi até um determindado local e vejam só:
-Passou um e-mail ... Do outro lado da situação ... Lá se encontrava a secretária do doutor Vipe.
-Essa diante do computador, no consultório, e já recebendo o e-mail do Juca e cadastrando.
-Fazendo as devidas anotações... e devolvendo-as conforme necessidade.
-Do outro lado o pobretão do Juquinha... Sem ao menos dando crença do que estaria acontecendo
parecia inthé um sonho... Você será o terceiro cliente do nosso e então Doutor Vipe.
-Bendita hora! Ou até mesmo Maldita hora! Sei lá!
-Juquinha não se continha ... Prá ele o retorno do e-mail muito o emocionara ... tanto que ... Já numa quinta-feira ... diante do consultório ... aguardando a sua vez ... Pois bem!
-Senhor Juca! Pode entrar. Dizia com uma voz clara e mansa...
-É a sua vez... Senhor Juca... Já no consultório.
-O doutor Vipe ( fazia um interrogatório ).
-Bom-dia! Juca retruca.
-Bom-dia! Doutor ... E com os olhares um tanto entretalhados ...olhando o doutor de cima prá baixo sem nada igual... O Doutor. Pois bem! Após uma pequena pausa. O doutor Vipe:
-O que traz o cidadão até o meu pequeno consultório:
-E entre tantos o doutor Vipe com todos os dados na “Planilha” o chama...
-Senhor Juca da Silva de Oliveira...
-E quando o doutor Vipe dignamente olhando pro fichário tendo dito o seu nome por completo...
-Nem imagine o que o Juca imaginara... Ave-Maria!!!!
-Bem que disseram...Que o Homem era bom mesmo... Olha só!
-Acertou de cheia o meu nome que nunca nem mesmo papai nem tampouco mamãe...Sabe!Sem que Eu Juca ao menos falasse uma única vez , pelo menos o ter dito!
-Eu ao menos nunca o vi antes... Isso é incrível... dizia o Juca e cochichando sozinho e só para si mesmo... com um certo ar de espanto. E então... Lá dizia o doutor:
-O que é que o Senhor Juca da Silva ... tem! Diga logo, e sem receio... Senhor Juca.
-E o caipira... Doutor:
-Doutor: Posso mesmo dizer o que eu tenho?
-Doutor!Vozmicê não irá bronquejar comigo...
-Juca! Eu preciso exatamente saber o que é que você tem... prá poder... fazer o seu RECEITUÁRIO... Ou não é???
-E Juca!... Então Doutor...Eu tenho... Olha só doutor... Eu vou te dizer: Eu tenho:
-Uma mulher, cinco filhos, e no meu quintal tenho lá sim...
-Uma cabrita, uma leitoa de estima que ganhei da minha cumadre...
-Um cachorro de nome totó: um gato: tenho ainda tre patos, um casal de gansos que ainda com
certas dificuldades conseguem fazer: Quá!quá!quá!...quá!...
-O médico: Juca! Juca! Não é isso que preciso saber!
-Disso tudo, nada me importa.
-Juca da Silva... Preciso sim... Saber aonde é que estão localizadas as dores...
-Que é afinal de contas os sintomas... Qual é o teu problema! Prá que realmente...
-Doutor!... Doutor!... E Juca já um tanto desconfiado e... Doutor é que...escuto falar quase que as
24 horas do seu nome, muita gente falando bem da sua pessoa...
-Principalmente lá aonde me escondo quase que não ouço outra conversa ... a prosa senão que o doutor Vipe... lá no bairro dizem tanto do sinhô que vim parar aqui prá tirar certas dúvidas de
certas “DORES” que tenho ... O caipira sabe: Doutor... Pois bem, retruca o doutor...
-Juca! Diz o médico por favor então deite naquela mesa, sabe! Daquelas que existem em consultórios médico ... Diz o doutor Vipe. E lá o Juca deitado ... imagine só! O que deve ter imaginado... Quanta besteira.
-O doutor diante do caipira, com o uso de um estetoscópio ... Juca! O seu coração ... E continuava
-A danada da consulta... Então, Juca! Diga agora: ( 33 ) trinta e três;
-E o danado do caipira meio um tanto assustado;
-Trinta e três 33 );
-Dizia de uma certa maneira que fazia qualquer um rir...
-E entretanto o doutor Vipe perguntava?
-Aqui dói! Ou, então ... aqui dói! E de repente...
-O caipira, doutor...Aí!!!!Aí!!!!
-Doutor.
-Nesse lugar aí, dói...dói.
-Pois bem!
-Conclui o doutor.
-O seu problema Juca, é...
-E lá dizia o doutor Vipe...
-E nessa altura do campeonato o Juca já se via um tanto nervoso... já irritado...
-Quase que maluquinho.
-Ah! Se eu soubesse...dizia bem baixinho...jamais sabia que esse Doutor iria agir dessa maneira...
-Sabe!
-Não teria pago! Um valor... um absurdo...
-Custara o suor de um mês de meu trabalho, sacrifiquei o meu ganho.
-Dizia o pobre e mísero Juca o caipira...E eu levo trinta dias ou mais pra ganhar...trabalho o dia todo ... seja lá com sol ou chuva ... lá na minha “roça”... e esse safado doutor em apenas quinze minutos... Vejam só!
-O danado faz uma perguntinhas...apertava lá eram apertões por todos os lados que até perdi as contas...
-Não me deu nenhum remédio, aliás! Só um receituário... no qual tinha uns nomes... Eu não sei ao
menos o que lá estava escrito! Sabe sinhô! Letra de doutor. É só mesmo framacêutico pra entender ... E reclamando ia a toda o pobre Juca... E o danado do caipira já chegando no distinto bairro... não se conformando dizia:
-Se Eu soubesse ... teria sim ido tão logo na framácia, oh! Cruz credo! E perranhado dizia:
lamentando os cinquentinha ... sim ... teria ido na framácia e cumprado o remédio porque o framacêutico é meu grande amigo e então ... teria vendido os remédios sem aquele tal de receituário.
-Meu grande amigo.
-E as lamentações continuavam...
-Sabe! Eu teria juntado meus amigos e com os cinquentinha lá mesmo no buteco teríamos feito a farra tumado tudinho em “cachaça” e quem sabe lá! Se não seria mais advertido e Juca quase que chorando...
-Pobre dos meus cinquentinha...
-Amigo!
-Nesse nosso Brasil,tem cada uma... acontece cada uma!
-Veja ai! O que aconteceu com o nosso amigo caipira: O Juquinha.
-A falta de estudos, de conhecimentos o que leva o cidadão a fazer...
-O caipira o Juquinha,como seria o restante de sua vida sem ter conhecido o doutor Vipe,você seria capaz de NARRAR (só em imaginação).
-Por mais que se saiba,graças ao doutor, o Juca conseguira sanar as dores por esse homem e pelos bons medicamentos indicados no receituário...
-E por mais e mais que o caipira tivesse reclamado foi na farmácia do seu amigo a conquista dos medicamentos prá uma melhor saúde.
-E hoje Juca, o caipira satisfeito diz:
-Obrigado doutor Vipe. Hoje com um pouco mais de entendimento posso pedir as sinceras desculpas...
-Hoje sou um homem forte! Crianças, Jovens e adolescentes ... Estudar é bom! É divertido ... O analfabetismo é a pior das doenças...Se Juca, o caipira não fosse assim,esse conto não teria graça.
-Todos tem direito ao trabalho, nós somos dignos da sabedoria.
-Obrigado,pela paciência amigo leitor.

Devemos procura sempre um bom médico.
As conversas de esquinas às vezes dão para as “tampas” são problemas.





sábado, 13 de agosto de 2016

CORDÉIS DO RIO SÃO FRANCISCO

“ LITERATURA DE CORDÉIS”.
      CORDÉIS DO RIO
 Rio São Francisco


Edição Brasileira
Ano: 2016- 2017
Autor: Feres Cury
    
        CORDÉIS
 Rio São Francisco


Desde menino,
Queria um companheiro.
Não viver no abismo,
Queria ter liberdade.
Com minhas águas...
Percorrer  todo  o sertão;
Mas, fui degolado.

Hoje! Sou o que sobrou,
Desse sertão nordestino.
Não sou mais menino,



Sou um velho, o chico  guerreiro,
Vivo no deserto brasileiro,
Continuo....
Apesar de Hospitaleiro.
Meus peixes, meus pássaros.
Despertaram....
Nos calvares.
Hoje sou imortal
São Francisco,
O imortal;
Sou assim...

Rio popular.
O velho Chico.
Do velho e conhecido,
Agrestes  ...  Essa é a nova literatura.
A literatura narrativa,
Do Nordeste Brasileiro.
        O grande Rio.


O Rio do velho cangaceiro,
O do Moisés:  O Lupion.
Apelidado:
O Lampião.
O Rio velho Chico.
O grande nobre e  hospitaleiro,
Foi grande guerreiro.
                     


Ao meu amado,
Das águas sei não das do Tucuruí.
Quem sabe! Do velho Amazonas,
Das lindas vitórias Régias.

Ao meu amado,
Do velho rio.
O Rio São Francisco,
Rio idolatrado.
O do passado,
Destemido: O do presente.
Sofrido: O do futuro.



           Quisera

Do velho Chico,
Do velho Rio.
O São Francisco,
Do Nordeste Brasileiro.
O que era um soldado,
Soldado não escravizado.

Tampouco terceirizado,
Glorioso São Francisco.
O velho Rio,
O rio dos apaixonados.
O velho Rio, O grande Tenente,
O velho forte! Grande Rio, valente!
Hoje diferente,  não mais frequente.
      O Rio das pessoas,
      Sinceras  e inteligentes.
      O velho Rio,
      O Rio dos Coronéis.
      Um Rio que muitos escreveram,
       A literatura muito abordou.
Um Rio que,
A História dissertou.
Simplesmente,
O Rio São Francisco.
Rio, Riacho, acima de tudo,
Um grande Oceano, ainda que Mar!

Isso ninguém poderá negar.
O Riacho
Invadiu
O Rio
Abaixo
São Francisco
Quase

Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio destemido
Hoje rompido,  e , esquecido
      QUISERA      
O vento, o   tempo
Sereno
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco,
Restou.

Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro...
Igual
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu.

E as  matas deu um adeus,
São Francisco, o Rio velho meu...
Qual belo! O nordeste entristeceu.
O nascente do rio abasteceu,
Quisera um dia, o rio amadureceu.
E agora!  triste   nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio ora desapareceu.

Um dia, alguém outrora diria,
Se um dia São Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste encontraria,
Sem as águas do nobre São Francisco.
Existe ainda um verbo pra se conjugar!
Se as águas deste, não mais  entonar.


  QUEM DA MAIS
   Rio São Francisco
O Rio, o riacho,
O Rio, lá embaixo.
O Rio, lá em cima,
Surgiu,  de uma simples mina.
O Rio, um decoro,
Belo rio, um tesouro.

Que natureza expandiu,
O Rio, suas águas se vão.
Neste triste, nobre sertão,
O Rio às margens quem viu.
Eis   então:  nobre sertão,
Coitado! Pobre coração.
Eis, que:
Esse sertão,  vai virar mar...
E o mar!
Será...
Vai outrora virar sertão?
Será?
O que dizer: As profecias...
Senão: E as heresias...
Um mar... Um Oceano...
Quem é o dono! Outono...
Quisera! Eis a interpretação,
Palpita sereno, um pobre coração.

Do mar ao longo oceano,
Veraneio desse longo sertão.
São Francisco...
O amadurecido, hoje esquecido.
Nada disso, quanto delírio...
E, E... nesse repente...

Um olhar, estridente.
Vamos lá!
Oh! Minha gente...
Eu queria...
Poder novamente,
Fotografar, esse rio...
Uma foto bem diferente...
Como?
Uma foto, apenas uma.
Com um olhar dos anos...
Em que...
O rio, tinha o seu nascente...
E as águas corriam pareciam estar...
Alegres ... e mais sorridentes...
Eu queria!
Ser um nobre conselheiro,
Pra herdar esse rio brasileiro.
Verdadeiro, São Francisco...
Valente! Presente! Guerreiro.
Fazer sim... as águas rolar,
Pro nordeste, jamais enfartar.
Esse rio só cresce no agreste,
Consonante, rico é a seca.

pobre nordeste,
Eis que!
O desenvolvimento por lá!
Não pode incomodar...
Coitado! Pobre coração,
Não é um vulcão.


No agreste, no sertão,
Esse enorme rio que corre...
Pelo Nordeste brasileirão.
Quisera outrora a interpretação,
Desse lindo rio, ele é o vilão,

Desse enorme território,
Que percorre esse sertão.
Do rio ao mar outrora,
Do mar ao oceano.
As águas rolam,
Não existe, engano.
Esse rio,  é soberano,
Quanto delírio,
Alegria, ou a tristeza,
Esse rio é uma grandeza.
Não sou tropeiro,
Nem tampouco, boiadeiro,
Mas, vivo uma longa jornada...
De galocha, a beira da estrada.
Quisera São Francisco,
Outrora poder sonhar.
Grande Rio!
Um dia, remando...
Gritando, Eu pus a gritar!
Sonhando, enlouquecido.
Despertei, triste a chorar,

Enlouquecido sorrindo,
E o Rio suas águas...
Um gemido tristonho,
Outrora, ouvi a palpitar!
Eternamente, São Francisco...
Dos pobres desse chão.
Amado... Nordeste!


             ETHA
Rio São Francisco
É assim ! Para mim,
Não tem começo!
Não tem fim.
Fui um Rio Sim Sinhô!
Um Rio Sem começo
e sem fim;
Fui um Rio Batalhador!
Com muita garra
e muito amor.
Que pena sinhô Bartolomeu,
Que esse grande Rio de Deus...
Que deu o adeus e Deus o levou...
Eis aqui!
O meu adeus,
Aos Tupis e aos
Guaranis!
Aos Carajés,
E também aos Pajés!
Que outrora...
Ao nascente,
Cá estiveram...
Sorridentes,
Esses índios...
Observando porem !
Nascente ao poente,
Diante das luzes infinitas.
Luzes claras e malditas!
Todas elas sem um fim!
E agora?
Longe de mim...
Fica então o meu adeus,
A quem nunca a de esquecer.
É um verbo pra conjugar,
Etha rio popular!
Do sertão, nordestino,
Vive a reclamar!
Pobre menino...
Tem sede, e vive.
Sem destino.
Uma vida, um destino,
Que vida! Pobre menino.
E se...
Se um dia!
O sertão, virar mar?
E o mar sua águas,
Não mais jorrar?
E se por lá! A profecia...
Dum nobre sujeito,
Dum sujeito... uma heresia.
Uma linda interpretação,
Desse rio, é sempre a emoção.
Trazendo águas, pro velho sertão,
Sem falcatrua...
Atraso, não existe não.
É um rio de “águas doce...”
Pro  desenvolvimento contribuir.
Pro rico, médio ou pobre,
Todos hão de o  usufruir...
É o povo nobre, todos hão de evoluir.
Pra acontecer, mudanças,
No vale, eis a nobre esperança.
Dessa pobre , triste criança,
Suas águas .. . Nossa liderança.

Esse País! País da esperança!
Esse rio do nordeste, bela criança.
Imaginem! Se ele não existisse...
O nordeste, seria o sertão mais triste,
Olha lá! Meu irmão.
Desse nordeste, tão triste.
Desde que o Brasil surgiu,
D. Pedro no poder imperial.
Dizer da chegada de Cabral,
O início do País, imperial.
Quando da chegada de Cabral,
Ou mesmo de Pero Vaz de Caminha.
Esse rio no nordeste, era um manancial,
Dizia o povo, na época, do Brasil Imperial.
Já falavam do sistema de transporte,
Esse rio, velho valente, dava o suporte.
Era por lá via da Bacia Fluvial,
Das águas do São Francisco.
Era esse rio, do período colonial,
Das águas do São Francisco.
Era grande, esse manancial...
Essas águas do Brasil Central,
Agitadas! Águas do São Francisco,
Do portal à execução.
Do povo! Deste nobre sertão.
Era pobre, o povo dessa região...
Enfim... a seca, nobre sertão.
Da seca! A miséria...
Ao Homem, na sua veia na sua artéria!
Indignados, sobre essa triste matéria,
Porém nada mais... A coisa é séria.
Não basta! A água jorrar...
O Raio
Do Rio.
O Riacho
Invadiu.
O Rio Abaixo.
São Francisco
Quase! Um Mar
Bravio
Sem navio
Enlouquecido
Esquecido
Um Rio
destemido
Hoje rompido, e , esquecido
Quisera!
O vento, o tempo sereno!
Hoje!
Suas águas...
Tão pouco, restou.
Um nome,
Sem igual.
Pudera!
Ser imortal!
Ou
Ao menos,
Fenomenal!
Não há outro ...


Igual!
São Francisco!
O do Nordeste,
Belo rio...
Que ora adoeceu,
E as matas deram um adeus,
São Francisco, o rio velho meu...
Qual belo! O nordeste entristeceu.
O nascente do rio abasteceu,
Quisera um dia! O rio amadureceu.
E agora! triste nordeste esmoreceu,
E as águas deste rio ora desapareceu.
Um dia, alguém outrora diria,
Se um dia São Francisco desaparecia.
Que rumo o nordeste encontraria,
Sem as águas do nobre São Francisco.
Existe ainda um verbo pra se conjugar!
Se as águas deste, não mais entonar.


     Rio São Francisco
     Som da natureza

Escutai os sons,
O próprio!
O da natureza...
O vento!
O trovão!
O relâmpago...

Sacia a alma,
Meu irmão.
Nada é tudo!
Tudo é nada!
Eis ai   ...
O barulho

O do trovão,
Vejo assim,
A terra...
As águas, o ar...
O vento, enfim...
Até o presente momento!
Disso nada é invento.

Vejo a terra,
Esquecida!
E as águas...
Vejo a terra esquecida!
O ar! A vida.
Que vida! Sofrida.
Vejo as águas rompidas...
O Planeta ora morrendo.
Sem água! Não há vida.
Essa terra morrendo.
E o Homem?
Cadê o Homem?
Que a água e a terra...
Esse Homem ... Que a consome!

A natureza reclama!
A represa agora vazia.
Não há ar,  é  hipocrisia,
Nos céus: O sol ao longo dia.
Nos céus: A Lua ao longo da noite,
Que natureza! Hoje ela vazia...

Na imagem: Vê o sol, vê a lua...
Sereno linda é hipocrisia.
A imagem é a saudade!
Não mais realidade.
A torneira hoje assovia,
Outrora era toda cheia.

Existia muita água!
Tamanha era alegria.
Hoje o Homem!
Implora: A chuva.
Quem diria!
Tristeza ou alegria.

A velha, a benzedeira,
Hoje toda forasteira.
Com galhos ou roseira,
Não adianta!
A natureza,
Deu-lhe uma bela rasteira.
E agora?
Sem água para beber...
E sem amor...
Para! Tudo para!

Não adianta tentar...
A natureza a revidar!
Hoje impossível viver,
Não mais adianta,
Não mais tentar...

Não ... Não mais a minha oração,
A água, que vale ouro...
A natureza, eis aio tesouro...
A falta: A morte se espalha!
A doença é o instrumento.
Sem ar, sem água,
Triste momento!

A terra esquecida,
A régua na sala exposta.
A professora, o poeta ... sem resposta.
Enfim! Qual é o fim!
Ai de ti! Ai de mim!
Quisera! A consequência.

E por consequência...
Não adiante! A valência.
Não adianta diplomacia,
A água está por um fio...
Na represa, nos rios... ela sumiu.
A água Senhor! Não chove!
Triste imagem! Triste paisagem...
O Rio, O Mar, O Lago e até o Choro!
Triste paisagem, triste imagem...

Ah de silenciar...
O seu leito secou.
Aquele barulho de outrora,
O barulho o desastre, tudo secou.

A cada século que chega,
O sertão, não é mais sertão.
As águas do rio lá em vão.
Ah! que tristeza “Meu Deus!”
A muito não chove neste triste sertão.
As águas hoje não mais dizer...
Aquela a da  enxurrada.

Craqueiando, agonizando, ou mesmo...
O broto, o do gemido,
Ou mesmo do destemido.
A água é vida!
Hoje a água rompida.
A lágrima, a do criminoso!
Que nojo!

Lá quando os céus abriam...
As portas...”
Lá as águas guardadas!
Lá vinham  um repente:
As trovoadas”

Eis , portanto:
Não era espanto!
Acredite: Um encanto.
As curvas,  reluzes acendiam...
E as trombetas... os murmúrios.
Quanta eram as alegrias...
Eram lindas, as euforias, os risos...
As nostalgias”.

E agora: A escala de valores,
A ferrugem, indevida.
A mata rompida,
Baixou a represa.
A terra hoje esquecida,
O homem imprudente.

Acabou!
O Homem, não mais valente!
Seu peito.
Hoje queimado...

Neste triste rio...
A régua hoje em vão,
A professora,  o poeta, triste estão.
A terra nua e crua!
Não vê mais a água...
Que injuria!
Sofrimento!
Florestas esquecidas,
Animais em extinção.
A brasa no seu coração,
Hoje a morte!
É triste, meu irmão.
O alerta! Ao grande Rio,
Do grande perigo,
Quão grande tristeza...
Sem água...
Dendritos hoje por tudo...
Pior! Tudo rompido...







   

      VOU ALÉM
Meu amado velho Chico,
Quem te viu nascer
Hoje não resiste,
Nem se quer...
A um grão de areia,
Pra dizer do Rio Doce.
O do São Francisco.
Hoje todo magro e imaculado,
São Francisco acabado.
Onde está o velho Chico,
Hoje, o Chico só estudado.
Pois a seca o levou,
Não tem mais as águas.
E, tampouco os peixes,
Nesse Rio! Tudo acabado.
Não existe, mais as águas,
Do velho Rio Chico, o cobiçado!
O Chico dava “Emprego”,
Hoje: Não mais propagado.
Ora, o Rio todo magro,
Desse povo abençoado.

Quem te viu nascer,
Pode muito relatar.
A velha História do Rio Chico,
Um Rio outrora rico,
Um Rio agora pobre!

Se culpar a desmatação...
Ou a própria habitação.
Por a culpa na desmatação,
Ou na própria habitação.
Dos esgotos a jorrar,
Sem nenhuma correção.
Pros estados nordestinos,
Nossa História poder ganhar.
E o Rio lá se foi,
Já não se pesca...
E, tampouco,
Pode se navegar.

Se pensares em problemas,
Eis ai um grande dilema.
Lá não mais a piracema,
Pássaros adeus a pobre ema.
São Francisco enterrado,
Seu povo não mais conformado.

O dilema no Nordeste,
É dizer bem assim.
O velho Rio O Nilo,
O velho Chico Brasileiro.
Nobre Rio escudeiro.
Hoje é todo poluído,
Triste Rio destruído.

Cadê? O peixe meu irmão.
Cadê? O pescador meu irmão.
Nem tenha pena e nem dó!
As águas viraram pó.
Sofredor agora: Eis o pescador,
Neste Nordeste sem paz e amor.

Vou fazer uma prece,
Pro Nordeste e pro agreste.
Pra acabar com o pó!
E voltar as águas...
Do grande Rio o meu xodó!


             Será!
 Lá no nordeste vejam só!
Pra ver os céus escurecer,
Ou pra acabar com o pó!
Muita chuva precisa cair,
E rezar muito  é de fazer dó!
     Convido os ecologistas,
     Pro nosso São Francisco.
     Pra juntos defender,
     E muito aprender.
     O Rio que se avista,
     O antigo São Francisco.
Hoje sumiu da lista,
Muito se tem pra dizer.
A água é fonte de vida!
Vou dizer ao senhor Doutor.
Da antiga profecia,
Quem diria!
Que a água iria faltar,
Esse grande Rio, uma nostalgia.

De repente, sem previsão,
Eis ai  terras, matas tudo em vão.
Se todos tivessem aprendido,
Se todos tivessem aprendido.
Esse  Rio não teria desaparecido,
Eis que, no século passado.

Se todos tivessem estudado.
E agora! Que esse Rio,
Simplesmente,
Ficou pra  História,
Estudar, como?
No curso  no Doutorado.

São páginas nos livros,
Que escreveram  um  aglomerado.
Agora “EU” vou detonar!
Eis a  História do Rio muito falado,
É uma canção ou uma apelação.
Sofreu sim grande transformação,
O rio xodó! O velho Chico.

O Rio era pra ser privatizado,
Quem sabe então!
Se hoje os seus moldes...
A linguagem quiçá organizada.
Remia a população,
Terrenos não eram habitados.
Cadê o assassino,
Desse pobre Rio... Menino.
Cadê ? O Rio...
Cadê?  A Mata...
Cadê?  O mar...
O do índio, do branco ou do negro.
Cadê o triste, o alegre ou o  mulato ou  o que vive meditando.

Que digam logo esse repente!
Pro  menino ou ao mais inteligente.
Cadê o meu povo?
Estou aqui de novo.
Um apelo a  degradação,
Ao meio ambiente.
      Afinal! A toda essa população.
      Inda que das   águas  a jorrar,
     E as terras poder herdar.
          Cadê os meus  direitos?
          Sou um Rio.
Sem alma e  coração.
Fiz lindas curvas, vive  um  período.
Ainda que as matas, e a habitação.
Meus peixes outros tantos da fauna e
Da flora  imaginem que tamanha foi a minha perdição.
      A saudade! Muita saudade,
      Poder ainda jorrar...
      As águas e poder herdar  ...
      Mataram o meu sistema,
      Mataram  esse  ecossistema,
Enfim o Homem me suicidou.
Esse grande RIO o velho Chico,
O nosso gigante Rio,
São Francisco sumiu...
Hoje triste, não mais amante,
Sem garra sem mira pobre Rio.
       Eu vou agora decifrar,
       Lá na serra da CANASTRA.
       Onde o comandante  sumiu,
       Eis ai, era um Rio.
       Um Rio gigante e varonil,
       Alguém queria privatizar.
As águas desse Rio,
E agora lá no congresso.
Todos vivem calados,
Não se fala do Rio agora enterrado.
Quão triste! Estou meditando,
Do velho Rio São Francisco.
Ninguém mais fala desse Rio,
O Rio Morreu. O povo esqueceu,
Pra que lembrar a nossa população.
É triste esse Rio...
E assim continua a vida!
Bem te vi não canta mais.
Na beira do São Francisco,
As gaivotas não voam mais.
Nos recantos do São Francisco.
Aqui os peixes são escassos,
Adeus a defesa ecológica.
O cantar dos pássaros,
Adeus a gula do nordestino.
Hoje sem destino,

Adeus velho e triste menino.