Literatura de Cordel do Século XXI
Autor: Feres Cury Membro da UniJore. "ESCRITOR"
ESPIE NESSE CORDEL
1....Introdução ao Cordel;
2....Literatura de Cordel;
3....Do Cordel ao Coronel;
4....Cordel sem Papel;
5....Menino Saiu;
6....Verdades de Cordel;
7....Cordel Curitiba: As Proezas do Meu Paraná;
8....Bota pra fora;
9....Cordel Lá em casa;
10...Cordel dos Seres Humanos;
11...Cordel Nesse Lugar;
12...As abelhas, as formigas e o tamanduá (cordel infantil ).
13...Boiada do Paraná.
14...Eu Queria.
15...Coisas do Passado.
16...Eta Maringá (A Catedral)
1....Introdução ao Cordel;
2....Literatura de Cordel;
3....Do Cordel ao Coronel;
4....Cordel sem Papel;
5....Menino Saiu;
6....Verdades de Cordel;
7....Cordel Curitiba: As Proezas do Meu Paraná;
8....Bota pra fora;
9....Cordel Lá em casa;
10...Cordel dos Seres Humanos;
11...Cordel Nesse Lugar;
12...As abelhas, as formigas e o tamanduá (cordel infantil ).
13...Boiada do Paraná.
14...Eu Queria.
15...Coisas do Passado.
16...Eta Maringá (A Catedral)
1... INTRODUÇÃO AO CORDEL
A literatura basicamente tem os seus pilares na terra dos desbravadores desse BRASIL que tanto amamos,é os seus pilares tem origem: PORTUGAL.
Cordel lembra muito bem CORDA e a literatura de CORDEL é tida como sendo os Panfletos dependurados em feiras por artesões da época primordial e se alastrou até então.
CORDEL: Origem Portugal.
CORDEL: São folhetos nada mais, HOJE É A TELA, contendo poemas populares, expostos, pendurados em cordas ou cordeis; o que deu a origem ao nome CORDEL.
Os poemas de cordel são escritos em FORMA de RIMA e alguns são até mesmo ILUSTRATIVOS.
LITERATURA: É a palavra com origem ao termo, e em latim, que significa LETRA. A literatura remete para o CONJUNTO DE HABILIDADES de ler e escrever de forma CORRETA. Muitas são as definições.
2... LITERATURA CORDEL
Você já ouviu falar,
Da literatura de Cordel.
Ela não tem portas,
Nem tampouco janelas.
A literatura de Cordel,
Não tem asas,
Não tem portas.
A literatura tampouco,
Não leva pro inferno,
Nem pros céus.
Eu tentei desenhar,
Tentei argumentar.
Um pouco escrever,
Pro povo compreender.
Entre portas e janelas,
Percebi diante delas.
Uma bendita! Uma tramela,
Algo estranho, talvez.
Encontrei uma cinderela,
Toda linda! Veja Ela.
Lá vai Ela toda bela,
Sem cravo, sem canela.
Agora que estamos aqui.
Ouça cá,meu irmão.
Algo simples, eu ouvi,
Cinderela, Eu parti.
O meu barco, vou remando,
Algo simples, vou narrando,
O meu barco ,vou remando,
Cinderela no comando.
Ela e Eu, vou levando,
Sou do século passado.
Sou um bocado, apavorado,
Estudei, loucamente, E hoje!
Conclui, meu doutorado,
Mas, não sou jovem do pecado.
Nem tampouco, advogado,
Não vivo, de braços cruzados.
Não tenho ouro, nem prata,
Nem tampouco , pratos dourados.
Sei que vivo doutro lado,
Em um lugar, antes abandonado.
Eu vivo, mas não sei, tantos outros,
Quantos outros Eu perdoei.
Longa vida, Eu desfrutei,
Quantas jornadas!
Jornadas essas,
Jornadas de outrora, eu conquistei.
Tão nobre meu Paraná!
Eu caminhei.
Jornadas longas,
Eu já não sei.
Nesses versos,
Junto estarei.
Com essas prosas,
Que contarei;
Dum amor: que outrora,
Digo cá, encontrei.
Se é justo! eu não sei,
Eu tento, ainda escrever.
Longos versos, como? não sei,
Aonde vou com tantas prosas.
Só ao tempo! eu direi,
Eu já tentei desenhar.
Algo mais,até argumentar,
Um relato no escrever.
Pro meu povo compreender,
Este é o meu Paraná.
Na literatura de cordel,
Um enorme estado.
Pro leitor poder fortalecer,
Desse sagrado Brasil.
Verdes tanto aqui encontrarás!
Vou agora me expressar,
Do norte velho, desse Paraná.
Por Londrina, outrora Maringá,
Cidades lindas, desse nosso Paraná.
Se falar da lavoura, entre tantos,
O soja, o trigo, o milho, vamos lá!
O forte lavrador, do meu Paraná!
Terra roxa, ei avante! meu Paraná.
3... DO CORDEL ao CORONEL
O cordel evoluiu,
Do papel até sumiu.
A nova literatura,
Não mais no papel.
A informatização tomou conta,
Hoje ela é que defronta.
É a nova temática,
Tudo diante da informática.
O analfabeto, hoje é mais,
Quem não informatizar.
Analfabeto dessa geração,
Impune, da modernização.
Aqui a sua disposição,
A nova literatura de cordel.
Não mais escrita a mão,
Impune, no seu celular o cordel.
A literatura dessa geração,
No celular dista valorização.
Não mais relata no papel,
A nova literatura de cordel.
Não sou general,
Tampouco coronel.
Escrevi o rascunho,
Num simples papel.
Naveguei aqui o meu cordel,
Pra ser visto pro jovem.
E também pro coronel,
É a literatura de cordel.
4... CORDEL SEM PAPEL
A literatura de cordel,
Não mais escrita em papel.
É a prosa singular,
É a história comentada.
Da vida pro papel,
Só imprimida.
Comprimida,
Divertida.
Em prosa, em rimas,
A forma deve contar.
A realidade de um povo,
Em versos vamos historiar.
Da culpa, nasceu o perdão,
Da canção nasceu o vilão.
Aqui eis a escritura,
Dessa nova literatura.
A literatura de cordel,
Que expressa nossa vida.
A tradição nela inibida,
Segue sem rumo, é a vida.
5.. Cordel:
Menino
Saiu
Menino saiu, pra rua se foi,
Menino
encontrou, a bola pegou,
Menino
a bola pegou e jogou.
Menino,
jogou e um gol marcou,
Menino,
o gol marcou, o time vibrou.
Menino,
o time vibrou, e se contentou,
Menino,
se contentou a bola no gol.
Menino
saiu, pra rua se foi,
Menino
que ia estudar.
Menino,
pois a falar,
Menino,
a falar dessa proeza.
Menino,
põe a reclamar,
Menino,
a reclamar desse linguajar.
Menino,
a vida a batalhar,
Menino,
vai melhorar.
Menino...
Num
sorriso eloquente,
Menino,
és valente.
Menino,
diariamente,
Menino,
és inteligente.
Menino,
ele cresceu,
Menino,
ele venceu.
Menino,
ele simplesmente,
Menino,
amadureceu.
6...VERDADES DE CORDEL
7... CORDEL CURITIBA
Olha só esse linguajar,
Outro feijão pouco por lá,
É a linguagem,
Que bom pra gente!
8... BOTA PRA FORA
Da face do ser humano,
Muitos choram, ela faz rir,
Rogamos a crença autêntica hoje virtual,
Nesse lugar, chamado Paraná.
Nesse lugar, chamado Paraná,
Nesse lugar, chamado Paraná,
Nesse lugar, vivo a morar,
Nesse lugar, melhor não há,
Nesse lugar, pude construir,
Nesse lugar, nesse lugar,
Nesse lugar, conheci você,
Nesse lugar, vou ficar,
Nesse lugar, nesse lugar,
Nesse lugar, conheci você,
6...VERDADES DE CORDEL
A
literatura de cordel,
É a
poesia popular.
É a
história contada,
Em
versos,em prosas.
A
literatura de cordel,
A
antiga era no papel.
Em
estrofes rimar,
Feitas
pra ler e entender.
A
literatura de cordel,
Não
mais escrita no papel.
Continua
em estrofes e a rimar,
Sentido
da informática.
A
literatura de cordel,
Na tela
do computador.
É
vista pelo leitor,
Tamanho,
é do visor,
A
literatura de cordel,
Na tela
do celular.
É
lida, é inovador.
Ao
contento do leitor.
Os
folhetos de cordel,
Hoje
não mais.
Vendidos
em feiras,
Nem
pendurados num cordel.
Se
falarmos do passado,
Da
literatura de cordel.
Do amor
ou do papel,
Atualizamos
o nosso cordel.
Da
razão, ao social,
Da
literatura de cordel.
Do
passado, ao futuro,
Novos
traços ao cordel.
Sobre a
questão social,
Orientar
ao cidadão.
Do
cordel é reflexão,
E
também educação.
Se
tratarmos de outros temas,
Da luta
contra o bem ou o mal.
A
linguagem do cordel,
Encontraremos
lá nos céus,
O
cordel é uma expressão,
Da
autêntica poesia ou canção.
Do povo
de uma região,
O seu
linguajar em expressão.
7... CORDEL CURITIBA
AS PROEZAS DO MEU
PARANÁ
Da
capital do meu Paraná,
Nesse
cordel, quero lembrar.
Que o
povo desse lugar,
Tem um
diferente linguajar.
Olha só esse linguajar,
Do
leite vou começar.
Seu
modo! o povo falar,
Leite
quente! pra gente.
Leite
quente! faz bem pra gente,
Essa
proeza ouvi alguém falar.
O
feijão o sustento dessa gente,
O
feijão preto eis o paladar.
Outro feijão pouco por lá,
Desse
povo posso acrescentar.
Outrora,
“o carioca” por lá difícil
De se
encontrar.
É a linguagem,
É o
pronunciar.
É o
vocabulário,
Prá
determinado lugar.
Que bom pra gente!
A
polenta bem quente;
Só o
leite quente,
E não
o aguardente.
8... BOTA PRA FORA
Bota
pra fora, a bota e a espora,
Bota
pra fora, o cheiro forte da aurora.
Bota
pra fora, o calor de outrora,
Bota
pra fora, sou Juiz de Fora.
Bota
pra fora, senão, vou-me embora,
Bota
pra fora, o lixo, e sem demora.
Bota
pra fora, eis, o raiar da aurora,
Bota
pra fora, essa sua melancolia.
Bota
pra fora, eis a tarde, quanta demora,
Bota
pra fora, eis então, vou-me embora.
Bota
pra fora, já é tarde, não demora,
Bota
pra fora, meu adeus, fui simbora.
9... CORDEL
LÁ
EM CASA
Em cada
canto, um encanto,
Entretanto:
lá em casa, muitos cantos.
O canto
do sabiá é um encanto,
Existe
lá em casa: outros tantos cantos.
O canto
que existe lá em casa,
Não
são só os cantos do sabiá.
Quantos
cantos! quantos encantos,
Por
ordem na bagunça, lá em casa.
O
desespero, o cansaço lá chegou,
A
diarista: por conseguinte registrou.
Eram
muitos os cantos e o encantos,
Os
problemas, esquenta! Ninguém aguenta.
Lá em
casa é assim...
Volta e
meia, a casa esta cheia.
A
esposa é quem ordena,
Ninguém,
porém a condena.
Lá em
casa! é assim,
Volta e
meia, tudo esperneia.
Parece
mesmo... não ter fim,
Coitado!
Ai de mim...
10.... CORDEL
DOS SERES HUMANOS
Da face
do ser humano,
Do
cordel: ora digitalizado.
Com
rima, métrica, oração.
Ora o
canto! declamação! e mesmo emoção.
Da face do ser humano,
Da era
primordial, a atual.
Assim a
temática do cordel,
A sua
literatura faz com que os povos.
Muitos choram, ela faz rir,
emocionar
e até mesmo calar.
Mostra
histórias, vidas de um povo,
O real
cordel é a nossa literatura.
Rogamos a crença autêntica hoje virtual,
É a
nova linguagem, do século o atual.
Da
linguagem de um povo simples,
Atuando
com um povo fraternal.
11... CORDEL
NESSE
LUGAR
Nesse
lugar, tem gente do bem!
Nesse
lugar, tem gente, porém.
Tem
gente! Que vai e vem!
Tem
gente! Que vem e vai!
Nesse lugar, chamado Paraná.
Tem
comida por todos “lugar”.
Por
todos “lugar” que o homem procurar,
Tem
comércio pro povo poder gastar.
Nesse lugar, chamado Paraná,
Muito
se planta, em terras do Paraná.
Importante,
o cultivo desse lugar,
O que
se planta, nasce nesse meu Paraná.
Nesse lugar, chamado Paraná,
Enaltece,
o povo desse lugar.
Nesse
lugar, vivo pro bem!
Nesse
lugar, Eu e meu Bem.
Nesse lugar, vivo a morar,
Nesse
lugar, pude encontrar.
Nesse
lugar, sempre quis morar,
Nesse
lugar, sempre a cantar.
Nesse lugar, melhor não há,
Nesse
lugar, quisera!
Ela
pude encontrar.
Nesse
lugar, outrora a enamorar,
Nesse
lugar, ainda pude casar.
Nesse lugar, pude construir,
Nesse
lugar, meu barraco vou usufruir.
Nesse
lugar, outro melhor não há,
Nesse
lugar, vou conquistar,
Nesse
lugar, vou alojar.
Nesse lugar, nesse lugar,
Nesse
lugar, vivo a morar;
Nesse
lugar, Eu e Você,
Nesse
lugar, passei a viver.
Nesse lugar, conheci você,
Nesse
lugar, amei você.
Nesse
lugar, inda casei com você,
Nesse
lugar, eu vivo feliz com você.
Nesse
lugar, meus filhos eu e você.
Nesse
lugar, sempre nesse lugar...
Nesse lugar, hei de te amar.
Nesse lugar, hei de te amar.
Nesse lugar, vou ficar,
Nesse
lugar, pretendo eternizar.
Nesse
lugar, vou conquistar,
Nesse
lugar, vou alojar.
Nesse lugar, nesse lugar,
Nesse
lugar, vivo a morar;
Nesse
lugar, Eu e Você,
Nesse
lugar, passei a viver.
Nesse lugar, conheci você,
Nesse
lugar, amei você.
Nesse
lugar, inda casei com você,
Nesse
lugar, eu vivo feliz com você.
Nesse
lugar, meus filhos eu e você.
Nesse
lugar, sempre nesse lugar...
12.. As Abelhas, as formigas e o tamanduá.
Cordel infantil
Vou contar: uma estória,
Muita atenção! na descrição.
No tamanduá, nas formigas e nas abelhas.
Quanto trabalho! quanta alegria!
Zum! Zum! Zum ! o das abelhas,
O que falar! das formiguinhas.
E no fim houve uma destreza,
O tamanduá, virou a mesa.
Vejam lá: o que restou,
As formiguinhas ele devorou.
Vou citar: as abelhinhas,
Bateram asas ,nada restou.
Dito e feito. Foi um golpe perfeito,
Do tamanduá, era de se esperar.
Coitadas das formigas
Nunca iam imaginar,
Que o belo do tamanduá,
Um golpe estava a preparar.
Era essa a estória,
Que eu tinha pra contar.
Do terrível tamanduá,
Que numa bocada tamanha,
Veio pra floresta, enfernizar.
Engoliu todas as formigas,
Que estavam sorridentes a trabalhar.
Se alguém me perguntar!
Do por que que das abelhas nesse cordel,
Elas vieram pra enfeitar, e valorizar.
Nos arranjos desse belo cordel,
E esta estória poder rimar.
13... BOIADA DO PARANÁ
Tem cada coisa,
Pra te contar.
Tem aqui a boiada,
Desse velho, meu Paraná.
Eram velhas as estradas,
Todas emburacadas.
Lá estava : Eu e a boiada,
Nesse rincão: Meu Paraná.
Com o berrante,
E o sol ardente.
Sempre :sorridente,
No sertão do Paraná.
O dia surgindo,
O boi mugindo.
A água faltava,
O chicote cortava.
Se dizer: que era sertão,
Ninguém, por perto.
Sem música, sem violão,
No meio desse rincão.
Nesse meu Paraná!
Precisava, a estrada enfrentar.
O berrante, vivia a tocar,
Pra boiada, poder levar.
No meio da invernada,
Lá ia : Eu e a boiada.
Enfrentando, longa jornada,
A terra era toda emburacada.
Hoje : o asfalto, tomou conta,
Boiadeiro, você não encontra.
Nem tampouco, estrada deserta,
Nesse rincão : meu Paraná.
14... EU QUERIA!
Eu queria!
Que a água, fosse a terra,
Que a terra, fosse a água.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o branco, fosse o preto,
Que o preto, fosse o branco.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o mudo falasse,
Que o cego enxergasse.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o cadeirante,
saisse andando.
Nem que fosse,
por uns instantes.
Eu queria...
Eu queria!
Que o ferro, fosse a madeira.
Que a madeira, fosse o ferro.
Nem se fosse: por um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a lua fosse o sol.
Que o sol fosse a lua.
Nem se fosse: por um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o planeta Terra fosse o Marte.
Que o planeta Marte fosse a Terra.
Por apenas um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o cravo fosse a rosa,
Que a rosa fosse o cravo.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o quente, fosse o frio,
Que o frio, fosse o quente.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a noite, fosse o dia,
Que o dia, fosse a noite;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o rico, fosse o pobre;
Que o pobre, fosse o rico;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o sorriso, fosse o choro;
Que o choro, fosse o sorriso;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a mulher, fosse o homem;
Que o homem, fosse a mulher;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o sim, fosse o não;
Que o não, fosse o sim;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que as verdades, fossem as mentiras,
Que as mentiras, fossem as verdades.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o fim, fosse o início,
Que o início, fosse o fim.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
15... COISAS DO PASSADO
Vou te contar!
Cabe agora,sem demora.
Vou traçar,minha história,
Dessa vez, vou detalhar.
Pro papel, poder registrar,
Meu passado vou citar.
O que vivi, vou descrever,
Como foi o meu viver.
O melhor dessa história,
É que fica, na memória.
Foi lá no sertão,
Quando então.
Posso descrever: de coração,
Era um lugar lindo de morar.
Tinha igreja,comércio e então!
Era Eu criança,vivi nesse sertão.
Estou descrevendo:"Formosa",
Era pacata, era vistosa.
Cidade! Minha admiração,
Eu descrevo: É de coração.
A quermesse acontecia,
Lá na igreja o festejo quem podia.
Santo Antonio, o padroeiro,
Todo povo, tempo festeiro.
Na época: sem energia,
Um motor a cidade abastecia.
Todo mundo, tinha rigalia,
A pobreza lá não existia.
Era lamparina,vela ou pavio,
Quando o motor pifava,
Pois a energia lá faltava,
Mas ninguém resmungava;
Era assim: esse povo resistiu,
Mudaram, se foram prá longe.
Quem sabe! que destino tomou,
Que horizonte a vida ordenou.
Muitos findaram o dia no chão,
Nas ruas: dormiam,até sem colchão.
Em frente, à casa Eu brincava,
Tinha arapuca, estilingue e alçapão.
De vez em quando um joão bobo,
Eu pegava...
Na palma da mão, e tão logo,
Eu soltava...
Pra trabalhar pegava carona,
Não importava! Se debaixo da lona.
Lembro-me daquela velha estrada,
Meu trabalho, minha velha jornada.
Era uma escola, a velha enxada,
Na época: não chovia,uma poeira danada.
Quando chovia: vinha a enxurrada,
Minha vestes pro trabalho todo molhado.
A vida até era engraçada,
Apesar de toda cavalgada.
Carregava água no galão,
Era triste, esse sertão.
Vendia frutas, era engraxate,
Dava duro, não tinha patrão.
Sempre pobre, mas rico de coração,
Descalço, vivi nesse sertão.
A cidade, hoje crescida,
Não é mais sertão.
Formosa, hoje conhecida,
No oeste, desse rincão.
16.... ETA MARINGÁ! A Catedral.
Eu quero lhe convidar,
Nesse momento, a pensar.
Se visitares nossa Maringá!
Conheça a Catedral...
É linda! outra igual não há!
Nesse rincão, meu Paraná.
A mais bela das Américas,
Catedral,no centro de Maringá.
Venha logo,visitar,
Esse cartão postal.
Não há outro igual,
Nesse cordel,venha espiar.
Só! na mais linda Maringá!
A catedral,outra igual não há.
Nesse cordel pra você lembrar,
A catedral, no centro de Maringá.
AS PÁGINAS ACIMA SÃO DESTINADAS PARA IMPRESSÕES.
O Autor: Feres Cury UniJore União dos Jornalistas... Se alguém me perguntar!
Do por que que das abelhas nesse cordel,
Elas vieram pra enfeitar, e valorizar.
Nos arranjos desse belo cordel,
E esta estória poder rimar.
13... BOIADA DO PARANÁ
Tem cada coisa,
Pra te contar.
Tem aqui a boiada,
Desse velho, meu Paraná.
Eram velhas as estradas,
Todas emburacadas.
Lá estava : Eu e a boiada,
Nesse rincão: Meu Paraná.
Com o berrante,
E o sol ardente.
Sempre :sorridente,
No sertão do Paraná.
O dia surgindo,
O boi mugindo.
A água faltava,
O chicote cortava.
Se dizer: que era sertão,
Ninguém, por perto.
Sem música, sem violão,
No meio desse rincão.
Nesse meu Paraná!
Precisava, a estrada enfrentar.
O berrante, vivia a tocar,
Pra boiada, poder levar.
No meio da invernada,
Lá ia : Eu e a boiada.
Enfrentando, longa jornada,
A terra era toda emburacada.
Hoje : o asfalto, tomou conta,
Boiadeiro, você não encontra.
Nem tampouco, estrada deserta,
Nesse rincão : meu Paraná.
14... EU QUERIA!
Eu queria!
Que a água, fosse a terra,
Que a terra, fosse a água.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o branco, fosse o preto,
Que o preto, fosse o branco.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o mudo falasse,
Que o cego enxergasse.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o cadeirante,
saisse andando.
Nem que fosse,
por uns instantes.
Eu queria...
Eu queria!
Que o ferro, fosse a madeira.
Que a madeira, fosse o ferro.
Nem se fosse: por um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a lua fosse o sol.
Que o sol fosse a lua.
Nem se fosse: por um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o planeta Terra fosse o Marte.
Que o planeta Marte fosse a Terra.
Por apenas um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o cravo fosse a rosa,
Que a rosa fosse o cravo.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o quente, fosse o frio,
Que o frio, fosse o quente.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a noite, fosse o dia,
Que o dia, fosse a noite;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o rico, fosse o pobre;
Que o pobre, fosse o rico;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o sorriso, fosse o choro;
Que o choro, fosse o sorriso;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que a mulher, fosse o homem;
Que o homem, fosse a mulher;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o sim, fosse o não;
Que o não, fosse o sim;
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que as verdades, fossem as mentiras,
Que as mentiras, fossem as verdades.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
Eu queria!
Que o fim, fosse o início,
Que o início, fosse o fim.
Por apenas: um dia.
Eu queria...
15... COISAS DO PASSADO
Vou te contar!
Cabe agora,sem demora.
Vou traçar,minha história,
Dessa vez, vou detalhar.
Pro papel, poder registrar,
Meu passado vou citar.
O que vivi, vou descrever,
Como foi o meu viver.
O melhor dessa história,
É que fica, na memória.
Foi lá no sertão,
Quando então.
Posso descrever: de coração,
Era um lugar lindo de morar.
Tinha igreja,comércio e então!
Era Eu criança,vivi nesse sertão.
Estou descrevendo:"Formosa",
Era pacata, era vistosa.
Cidade! Minha admiração,
Eu descrevo: É de coração.
A quermesse acontecia,
Lá na igreja o festejo quem podia.
Santo Antonio, o padroeiro,
Todo povo, tempo festeiro.
Na época: sem energia,
Um motor a cidade abastecia.
Todo mundo, tinha rigalia,
A pobreza lá não existia.
Era lamparina,vela ou pavio,
Quando o motor pifava,
Pois a energia lá faltava,
Mas ninguém resmungava;
Era assim: esse povo resistiu,
Mudaram, se foram prá longe.
Quem sabe! que destino tomou,
Que horizonte a vida ordenou.
Muitos findaram o dia no chão,
Nas ruas: dormiam,até sem colchão.
Em frente, à casa Eu brincava,
Tinha arapuca, estilingue e alçapão.
De vez em quando um joão bobo,
Eu pegava...
Na palma da mão, e tão logo,
Eu soltava...
Pra trabalhar pegava carona,
Não importava! Se debaixo da lona.
Lembro-me daquela velha estrada,
Meu trabalho, minha velha jornada.
Era uma escola, a velha enxada,
Na época: não chovia,uma poeira danada.
Quando chovia: vinha a enxurrada,
Minha vestes pro trabalho todo molhado.
A vida até era engraçada,
Apesar de toda cavalgada.
Carregava água no galão,
Era triste, esse sertão.
Vendia frutas, era engraxate,
Dava duro, não tinha patrão.
Sempre pobre, mas rico de coração,
Descalço, vivi nesse sertão.
A cidade, hoje crescida,
Não é mais sertão.
Formosa, hoje conhecida,
No oeste, desse rincão.
16.... ETA MARINGÁ! A Catedral.
Eu quero lhe convidar,
Nesse momento, a pensar.
Se visitares nossa Maringá!
Conheça a Catedral...
É linda! outra igual não há!
Nesse rincão, meu Paraná.
A mais bela das Américas,
Catedral,no centro de Maringá.
Venha logo,visitar,
Esse cartão postal.
Não há outro igual,
Nesse cordel,venha espiar.
Só! na mais linda Maringá!
A catedral,outra igual não há.
Nesse cordel pra você lembrar,
A catedral, no centro de Maringá.
AS PÁGINAS ACIMA SÃO DESTINADAS PARA IMPRESSÕES.